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Do Zero ao Sucesso Sábado, 18 de Janeiro de 2025, 12:53 - A | A

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Coluna Do Zero ao Sucesso

92% das empresas de saúde no Brasil usam um sistema eletrônico para registrar dados dos pacientes

Por Luisa Pereira

Da coluna Do Zero ao Sucesso
Artigo de responsabilidade do autor

Nos últimos anos, o setor de saúde brasileiro deu passos importantes na digitalização de suas atividades, resultando em maior eficiência no atendimento aos pacientes

Reprodução/Freepik

ColunaDoZeroAoSucesso

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A digitalização vem sendo uma realidade nas clínicas de saúde, com empresas públicas e privadas avançando para incluir um sistema eletrônico para registrar informações dos pacientes e fazer a gestão de atividades em geral.

De acordo com o relatório TIC Saúde 2024, 92% dos estabelecimentos de saúde do Brasil usam um sistema digital em suas operações. Houve uma alta de cinco pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Os resultados na rede pública foram ainda maiores, embora o número de profissionais de saúde com treinamento para essa tecnologia ainda deixe a desejar. Apesar disso, os números indicam um cenário promissor para o futuro.

Poucos profissionais de saúde são treinados para usar tecnologia

Embora a maioria dos estabelecimentos de saúde já tenha adotado um sistema eletrônico, apenas 23% dos profissionais do setor, como médicos e enfermeiros, receberam treinamento para operar essas tecnologias.

Entre os médicos capacitados, 95% buscaram compreender conceitos relacionados à segurança do paciente. Outros temas abordados incluem ética, privacidade e segurança da informação, qualidade e análise de dados, além de cuidados centrados no paciente.

No caso dos enfermeiros, a segurança do paciente também foi o principal foco, com 85% dos profissionais estudando o tema. Com exceção do tópico "qualidade dos dados", os demais assuntos estavam alinhados às áreas de interesse dos médicos.

Rede pública usa mais sistemas eletrônicos

O relatório apontou que 97% das Unidades Básicas de Saúde (UBS) já utilizam sistemas eletrônicos, representando um crescimento de oito pontos percentuais em relação a dois anos atrás.

Com mais informações armazenadas digitalmente, 96% das unidades agora mantêm um histórico do paciente acessível, além de registros atualizados de vacinas e outros dados.

Esse avanço melhora a qualidade e a eficiência do atendimento para a população que utiliza a rede pública, geralmente mais vulnerável. Enquanto isso, mesmo com números um pouco menores, a rede privada também tem mostrado avanços na digitalização.

Avanços em serviços online para os pacientes

O levantamento também buscou informações sobre os avanços em telessaúde, ou seja, os atendimentos realizados de forma remota aos pacientes. Essa modalidade ganhou força durante a pandemia de Covid-19 e continuou em alta após o fim das restrições.

De acordo com os dados, um terço das empresas de saúde oferece algum tipo de serviço online aos pacientes. Essas atividades incluem agendamentos e visualização de resultados.

Para as consultas realizadas pela internet, a orientação de profissionais sobre procedimentos ou outras dúvidas está disponível em 30% das clínicas. Além disso, a teleconsulta e o telediagnóstico também estão mais presentes nos estabelecimentos.

Inteligência artificial ainda não é tão usada

Embora os sistemas eletrônicos estejam amplamente presentes nas clínicas, o uso de inteligência artificial (IA) ainda é restrito. Apenas 4% dos estabelecimentos empregam automação baseada em IA em suas atividades.

A falta de informação e recursos financeiros são apontadas como barreiras. Entre as aplicações mais utilizadas estão a otimização de fluxos de trabalho, ferramentas de IA generativa, análise de linguagem escrita e mineração de texto.

De forma geral, os dados indicam um futuro promissor para a integração do setor de saúde com tecnologias avançadas. Isso deve resultar em um atendimento mais eficiente e em avanços no tratamento de diversas condições no território brasileiro.

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