E, conforme o economista e consultor da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) Luiz Antonio de Camargo Fayet, a expectativa é de que até 2020 o País ultrapasse os norte-americanos.
O agronegócio brasileiro cresceu em média de 7% a 10%, ao ano, dependendo do segmento, na última década. Fayet salienta que o Brasil também teve uma grande expansão nas exportações do setor, no mesmo período. Ele informa que o País é responsável por cerca de 1,5% do total das exportações globais. Quando se refere ao agronegócio, esse patamar sobe para algo em torno de 7%.
Fayet explica que isso se deve, principalmente, ao crescimento da população mundial e da sua renda.
Outro ponto destacado pelo pesquisador é a escassez no planeta de novas áreas para serem incorporadas no agronegócio. Segundo ele, de cada quatro hectares disponíveis no mundo, um encontra-se no Brasil. "Nós estamos detendo perto de um quarto das áreas ainda a serem agregadas no agronegócio", enfatiza Fayet. No caso, o Cerrado é a região que apresenta o maior potencial de desenvolvimento.
O especialista ainda ressalta que os produtos ligados ao agronegócio sofreram um impacto menor do que os industrializados com a crise econômica internacional. O presidente do Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul (Corecon/RS), economista José Luiz Amaral Machado, concorda que o Brasil tem um enorme potencial para fornecer alimentos ao mundo. "No entanto, tenho o receio no atraso que temos na área de infraestrutura", argumenta Machado.
Fayet complementa que o País tem um custo logístico que varia de 5% a 10% do PIB. "Vivemos um apagão portuário", lamenta o consultor. Para ele, uma solução para esse cenário é aumentar o número de empreendedores privados dentro do sistema portuário, intensificando a concorrência nesta área. Pois hoje, afirma Fayet, existe uma concentração muito grande nas operações portuárias. (Fonte: BeefPoint)