Como prevenir ou corrigir os efeitos da compactação do solo na lavoura de soja. Esse foi o tema da palestra do pesquisador da Embrapa Soja, Henrique Debiasi, realizada nesta quinta-feira (6), no Circuito Aprosoja/MS, em Amambai (MS).
Debiasi mostrou as consequências de um manejo incorreto do solo e os mecanismos para reduzir os efeitos da compactação do solo no plantio da soja, que podem provocar queda de até 50% na produção dos grãos em uma propriedade.
“Um dos grandes problemas é que não é fácil visualizar a compactação já que o problema só aparece em épocas de muita chuva ou tem muito seco, e, então, a situação já pode ter trazido danos”, pesquisador. Segundo Debiasi, a compactação é mais comum onde há integração lavoura-pecuária, já que o gado acaba pisoteando o solo com maio freqüência.
Debiase orienta que algumas medidas simples podem prevenir e corrigir o problema. Uma delas é a diversificação do sistema de produção. O consórcio da safrinha de milho com a braquiária tem rendido, segundo pesquisas da Embrapa no Paraná, aumento de 30% na produção da soja no período da seca”, explica o pesquisador.
Outra alternativa é a subsolagem ou escarificação. “Nesse caso, é preciso investimentos financeiros mais altos já que o método pode custar até R$ 200 reais por hectare e deve ser feito a cada três anos”, conta. Outras técnicas preventivas como evitar o tráfego de maquinas no solo úmido e utilizar haste sulcadora, especialmente em áreas de lavora de integração, foram apontadas na palestra.