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Rural Quinta-feira, 19 de Julho de 2012, 13:46 - A | A

Quinta-feira, 19 de Julho de 2012, 13h:46 - A | A

Criação de aves e suinos terá variações em seus custos por conta da valorização dos grãos no MS

Luiz Carlos Gonçalves - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O alto custo dos grãos em Mato Grosso do Sul esta deixando a suinocultura em condições preocupantes, mas não gera o mesmo impacto para avicultura. Mesmo os dois setores consumindo o farelo de milho para base alimentar de engorda da criação, o cenário mercantil é diferente. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do comércio e do Turismo (Seprotur) sabe das más condições do mercado dos insumos no Estado, mas afirma que o Fundo Constitucional de Financiamento (FCO) pode ser uma saída a médio prazo.

A exportação de frango cresceu 3% em volume no primeiro semestre de 2012. Isso se confirma perante ao abrangente mercado. Produtores de Caarapo-MS descobriram um nicho de mercado no Japão, onde eles preferem frangos pequenos para comer sem ter desperdícios. A denominação desse frango é “Griller” e ficam apenas 30 dias na engorda, o normal são 45 dias.

Suinocultura

O preço da soja já se esta na casa dos R$ 74 e o milho esta custando R$ 23. Com o milho e a soja em alta no mercado internacional, o custo da produção supera 7,5 % o valor de venda. A Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultura (Asumas) acredita que o cenário não está tão ruim assim.

Segundo o presidente da Asumas, Arão Antônio Moraes, “a demanda até que está boa, mas o custo operacional está muito alto, quem trabalha com suíno no estado hoje esta no vermelho” explica o presidente que também é produtor.

O Fundo Constitucional de Financiamento (FCO) pode ser uma medida rápida para ajudar a combater valorização exagerada dos grãos. Das deliberações analisadas na reunião do colegiado no mês de junho em Brasília, foram aprovadas algumas que beneficiam diretamente Mato Grosso do Sul, em especial, uma norma específica para apoio ao desenvolvimento da suinocultura na Região Centro-Oeste.

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Foto: Divulgação

O objetivo é superar as dificuldades relacionadas à comercialização e elevação dos preços dos insumos (ração). Foram definidos recursos específicos para retenção de matrizes ao custo unitário de R$ 500 por fêmea existente com prazo de operacionalização de até três anos. Foram definidas, também, as condições para aquisição dos insumos mencionados e pagamentos de serviços dos recriadores e terminadores de suínos, sendo os prazos de amortização destas operações de até três anos

Segundo o médico veterinário e coordenador de agronegócio da pecuária da Seprotur, Rubens Flavio Mello Corrêa, não são todos os setores que precisam do insumo que estão no prejuízo “você não vê o setor da avicultura com esse problema, porque todos nossos criadores são 100% integrados”, explica o coordenador.

De acordo com, Rubens, o a alta esta afetando o produtor que não é integrado a cooperativas ou a empresas seguradoras que garantem o alimento dos animais. Já o produtor independente sofre mais, porque, tem a responsabilidade total da criação desde o transporte a negociação. “A suinocultura sofre também pelo período que é de dois lotes num ano, já o frango manda para o abate mais de seis lotes em um ano”, declarou.

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