Um setor que vem crescendo a cada ano em Mato Grosso do Sul é o cultivo de Florestas Plantadas. O Estado que antes era conhecido apenas pela pecuária ou agricultura, encontra oportunidade em uma integração dessas duas atividades, despontando o setor Silvipastoril como a mais promissora e mais lucrativa forma de unir pecuária e silvicultura em uma única propriedade.
O presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS), Dito Mário, ressalta que o Estado tem atualmente em torno de 600 mil hectares de florestas plantadas de eucalipto.
“Somos o quarto Estado do Brasil na área de eucalipto e logo já estaremos em terceiro lugar, com a ajuda das duas fábricas que já temos neste setor e pela possibilidade de conseguir mais duas, duplicando o número de madeiras disponíveis. Se todos esses investimentos acontecerem, temos a projeção de chegar em 2020 com 1 milhão de hectares de eucaliptos plantados, que era uma meta para 2030”, ressalta o presidente.
Dito Mário explica ainda objetivo do congresso MS Florestal 2013 que visa discutir as desvantagens ainda geradas pela atividade.
“O tema deste congresso é competitividade justamente por que precisamos eliminar as desvantagens do Estado. A logística, por exemplo, é um dos fatores que preocupa, por que estamos a 700 km do porto, temos estradas vicinais precárias e o Dnit impede que os caminhões dirijam à noite. Tudo isso, prejudica a logística de desenvolvimento”, afirma Dito.
Como solução para os desafios enfrentados no cultivo e manutenção dessa atividade, Dito Mário lembra que é necessário melhorar a logística, as rodovias, as ferrovias, a intermodalidade e a parte de tributos.
“Mas o foco das empresas agora é a mecanização da produção para diminuir a dependência de pessoas diretamente ligadas ao setor, uma vez que não há demanda de profissionais no Estado. Com a contratação de pessoas fora de Mato Grosso do Sul, o preço acaba aumentando. Tudo isso atrapalha o produto a chegar competitivo no mercado. Estamos trabalhando para conseguir preços menores e numa qualidade melhor do que o produto que tem no lugar de destino, seja no país ou fora do Brasil”, conclui.
Aproveitando a oportunidade o presidente ressaltou ainda que o setor emprega cerca de 60 mil pessoas.