O Encontro Setorial Sucroalcooleiro, realizado durante a Expo-MS Industrial, destacou os novos mercados do setor de açúcar, álcool e bioenergia. Ao foram quatro palestras com os temas: Novos Mercados Açúcar, Álcool e Energia, feita por Fernando Perri; Diretrizes para Elaboração dos Relatórios Técnicos Referentes às Novas Instalações da Rede Básica, ministrada por Carlos Roberto Silvestrin, vice-presidente-executivo do Cogen/SP; Perspectivas de Crescimento do Setor da Bioenergia, feita por Antônio César Salibe, presidente-executivo da UDOP (União dos Produtores de Bioenergia); e Mercado do Açúcar, realizada por Marcelo Moreira, da ETH Bioenergia.
O vice-presidente-executivo da Cogen, Carlos Roberto Silvestrin, abordou a elaboração dos relatórios técnicos referentes às novas instalações da rede básica, detalhando as diretrizes da documentação necessária para recomendar à Aneel uma nova instalação de transmissão integrante da rede básica através de ato licitatório público. Ele informou ainda que o Governo Federal prepara um decreto que dará respaldo legal à criação das Instalações Coletoras de Geração (ICG).
Para essas instalações, explicou Silvestrin, haverá transferência dos ativos às distribuidoras após o período de concessão das instalações. “O serviço de instalação e operação será feito por uma empresa de transmissão, cujos direitos serão assegurados por meio de leilão ainda sem data para acontecer. O custo das ICGs será coberto pelas usinas a biomassa, pelo período da concessão”, finalizou.
Mercados
Falando sobre os Novos Mercados do Açúcar, Álcool e Energia, Fernando Peri revelou que o mercado interno consumiu 14 bilhões de litros de álcool, que 48% da frota de veículos do País é de carros flex e que 90% dos automóveis vendidos são flex. “As exportações brasileiras foram de 3,5 bilhões de litros em 2007 e devem chegar a 7,0 bilhões de toneladas em 2012”, revelou.
Já com relação ao mercado de açúcar, segundo Peri, o consumo mundial deve chegar a 154 milhões de toneladas, com crescimento de 2,5 % ao ano, enquanto o mercado livre é de 45 milhões de toneladas para a exportação e 10 milhões de toneladas para o mercado interno. “As
exportações brasileiras foram de 19,5 milhões de toneladas em 2007 e devem chegar a 26,8 milhões de toneladas em 2012”, analisa.
O representante da ETH Bioenergia, Marcelo Moreira, destacou, durante a palestra sobre Mercado do Açúcar, que nos últimos 20 anos o segmento da cana-de-açúcar foi o que mais cresceu em produtividade na economia brasileira. “O setor responde por 2,0% do PIB, sendo que em São Paulo ele responde por 39,4% do PIB da atividade rural e 40% da mão-de-obra agrícola paulista concentra-se no setor”, revelou. (Da Assessoria Fiems)
Campo Grande 00:00:00 Segunda-feira, 23 de Dezembro de 2024
