A balança comercial de janeiro a abril de 2015 apresentou saldo negativo (-26,79%) nas exportações do agronegócio sul-mato-grossense. Cerca de 400 milhões menor se comparado ao mesmo período de 2014, onde o volume de vendas atingiu a cifra de US$ 1,6 bilhão e neste ano, US$ 1,2 bilhão. Os dados são do Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat) que faz parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Entre os principais setores exportadores que apresentaram quedas estão: setor de carnes, um dos principais de Mato Grosso do Sul, teve queda de 26,47%. A carne bovina industrializada mostrou saldo positivo de 39,74%; setor soja (-51,47%) a soja em grãos teve queda de 51,80%; cacau e seus produtos apresentaram queda de 97,91%; bebidas (-47,93); farinha de trigo (-88,59%); frutas (inclui nozes e castanhas) apresentou queda de 98,30%; pescados (-48,35%) apenas outros filés e pescados congelados tiveram (+711,48%); produtos alimentícios diversos (-90,40%), porém, molhos e preparados para molhos tiveram aumento de 204,04% nas exportações.
Setores que tiveram crescimento
A ração para animais domésticos foi o setor que apresentou maior aumento nas exportações (+626,09%) um montante de US$ 4,5 milhões. Em segundo lugar aparece o setor fibras e produtos têxteis (+154,07%) com destaque para algodão não cardado nem penteado (+167,55%). Produtos oleaginosos aparecem em terceiro lugar com aumento 117,10% e os produtos mais comercializado foram as sementes e farelos de oleaginosas (Exclui soja) que teve um surpreendente aumento 45932,89% no volume de exportações. Na quarta posição está o Complexo sulcroalcooleiro com aumento 42,54%. O principal produto exportado pelo setor foi o açúcar de cana em bruto (+44,18%).
As commodities com maior volume nas exportações foram: especiarias (+908,63%) e canela (+83,66%); cavalos vivos (+185,74%); café (+9,83%); couros/peles de bovinos/ preparados (+28,85%). No setor de cereais, farinhas e preparações, o milho foi o que apresentou maior aumento (+38,19%);Gorduras e óleos de origem animal (+169,05%). Já no setor produtos florestais, apenas o papel teve melhor índice (+39,01%).