O primeiro mês de 2011 manteve a tendência positiva no comércio internacional dos produtos do agronegócio brasileiro. As exportações em janeiro somaram US$ 5,1 bilhões, resultado 26,3% superior ao registrado no mesmo período de 2010. Esse é o melhor desempenho para o mês de janeiro desde 1989, quando teve início a série histórica. O saldo da balança comercial do setor agropecuário teve acréscimo de US$ 800 milhões, comparando com janeiro de 2010, e alcançou US$ 3,9 bilhões. Nos últimos 12 meses, os embarques chegaram a US$ 77,5 bilhões, valor recorde para o período.
Os setores que mais contribuíram para o crescimento acumulado foram: complexo sucroalcooleiro, com alta de 38,5%, produtos florestais (29,5%) e carnes (16,3%). O complexo soja (óleo, farelo e grão) foi o item com maior crescimento no mês de janeiro em valor e volume exportado. No total, as exportações do setor aumentaram 89,3% .
Os embarques de café também foram destaque no mês passado. A quantidade embarcada do café em grãos subiu 23,9% se comparados os períodos, para 155 mil toneladas ou 2,58 milhões de sacas de 60 quilos.
O frango in natura foi responsável pelo bom desempenho das exportações de carnes (frango, bovino e suíno), que somaram US$ 1 bilhão e superaram em quase 20% os números de janeiro de 2010. O produto rendeu US$ 505 milhões, 51,4% a mais que o valor registrado em janeiro de 2010.
Destino dos produtos brasileiros
Os Países Baixos, cujos portos são a entrada principal para a União Europeia, lideraram as importações do agronegócio brasileiro em janeiro, com alta de 38,4% sobre janeiro de 2010. Em seguida vieram Estados Unidos, Rússia e China. O país asiático importou US$ 256,56 milhões de produtos do agronegócio em janeiro, alta de 94,3% sobre os US$ 132,04 milhões de igual período do ano passado.
No acumulado, a China é o maior importador individual do agronegócio brasileiro, com participação de 14% das exportações totais. Os países em desenvolvimento são os que mais ampliaram as importações dos produtos agropecuários do Brasil. Outros destaques são Argélia (126,75), Marrocos (108%) e Egito (83,64).(Agência Estado)