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Rural Quarta-feira, 01 de Outubro de 2008, 14:38 - A | A

Quarta-feira, 01 de Outubro de 2008, 14h:38 - A | A

Famasul entra na justiça contra Campo Oeste

Lucia Morel, com informações da assessoria - Capital News (www.capitalnews.com.br)

A Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) entrou na justiça contra os proprietários do frigorífico Campo Oeste, que deu férias coletivas a seus funcionários no dia 6 de setembro e ainda não pagou os contratos. Estima-se que a dívida do frigorífico seja de cerca de R$ 12 milhões. A compra de gado também não foi paga aos produtores do Estado.

A Famasul acusa o Campo Oeste, que fica na saída para Terenos, por estelionato, crime contra a paz pública (formação de quadrilha ou bando) e falsidade ideológica. O advogado da federação, Gervásio de Oliveira Júnior, em reunião com os produtores lesados, diz que “pudemos saber quem negociava e os responsáveis pelas assinaturas dos cheques”, explicando que em uma mesma instituição financeira, 171 cheques do Campo Oeste foram sustados, alegando desacordo comercial.

“Hoje, a maioria das vezes que o pecuarista vende seu rebanho, ele entrega o produto e depois de 30 dias o frigorífico paga. O pagamento raramente é antecipado ou mesmo à vista. Estranha-me o fato de um único banco, acostumado com este acordo comercial, ter sustado esse volume de cheques, porque o produto não foi entregue e não ter suspeitado de nada”, comentou o advogado.

O diretor-presidente da Famasul, Dácio Queiroz, e o superintendente da entidade, Marcelo Amaral, acompanharam o assessor jurídico que protocolizou a ação na delegacia da Polícia Civil, com a delegada e coordenadora do departamento de Polícia Especializada, Sidnéia Tobias e com o diretor Marcos Betoni.

“Há diversas situações como essas, de frigoríficos que usam laranjas para dar golpes, mas esses casos não vieram à tona ainda. Se não forem tomadas atitudes severas, os produtores e também o Estado podem perder muito com isso”, afirma a delegada que garantiu que a ação vai ser despachada no prazo máximo de dois dias.

A pena máxima para os três crimes somam 13 anos de reclusão. Os acusados pela entidade são: Sebastião Silva dos Santos, Mário Antonio Guizlini, Anastácio Candia Filho, José Luiz da Rocha, Alberto Pedro da Silva e Alberto Pedro da Silva Filho.

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