Governo vai mostrar à OIE eficiência no controle sobre aftosa

A recuperação do status sanitário junto à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) é uma questão de tempo e deve acontecer entre julho e agosto, afirmou o governador André Puccinelli ao retornar a Campo Grande nesta quinta-feira (29). O governo do Estado e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já preparam o envio de informações complementares solicitadas pelo órgão internacional para comprovar as ações adotadas e assegurar que Mato Grosso do Sul tem condições de manter permanente vigilância contra a febre aftosa. Além da certificação, o governo vai buscar novos mercados na Comunidade Européia.

No retorno da etapa japonesa da viagem à Europa e Ásia, o governador e a secretária Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (Produção, Indústria, Comércio e Turismo) acompanharam a reunião da OIE em Paris (França). Conforme André, aconteceram encontros com diretores da organização e também da Comunidade Européia. “Em decorrência da Zona de Alta Vigilância, foram exigidas informações complementares e um plano de ação específico. Provavelmente estaremos liberados até agosto”, informou Puccinelli, em entrevista no aeroporto da Capital.

A exigência extra que não permitiu ao Estado obter agora a certificação de área livre com vacinação aconteceu em função de esta ser uma região de fronteira com a Bolívia e o Paraguai. Para o governador, a série de medidas já adotadas e as que estão em andamento são suficientes para manter a saúde animal sob controle, e é isso que será demonstrado, a pedido da OIE.

“Estamos fazendo as barreiras, equipamos a vigilância com carros e lanchas, gado sem documentação está sendo apreendido”, citou, elencando algumas das medidas sanitárias que deverão ser informadas e ratificadas. “Daí, eles [da OIE] fiscalizarão permanentemente nossas ações”. O governador definiu as solicitações da entidade como a exigência da certeza das condições atuais e da continuidade efetiva do controle. “O que eles querem é a garantia de compromisso de que não vamos afrouxar. Vamos informar tudo, inclusive sobre a atuação da Polícia Militar Ambiental, que não estava descrita”, reforçou.

Assim como aconteceu com dez estados e o Distrito Federal, a certificação não está condicionada a uma visita in loco de comissão da Organização. “O que precisamos é demonstrar o que foi pedido, que tem que ser convalidado e apresentado pelo Mapa à OIE”, explicou André.

O governador está otimista com o bom momento do mercado da carne, especialmente porque Mato Grosso do Sul tem produtos de qualidade que dão vantagem competitiva à produção local. Independente da recuperação do status da OIE, muitos países estão vindo em busca da carne sul-mato-grossense, como o Irã, o Egito, e mais recentemente a Indonésia.

“O mercado continua aquecido, a demanda é boa, e nós temos oferta de boi gordo”, destacou o governador, para quem a meta é não somente conseguir a certificação de área livre com vacinação, mas entrar na Comunidade Européia “com o melhor carne do mundo”. (Com assessoria)
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