Entre 2015 e 2022 o leite registrou valorização de 185,76%, segundo o levantamento feito pelo departamento técnico do Sistema Famasul as cadeias produtivas na bovinocultura de leite e corte em Mato Grosso do Sul.
De acordo com a consultora técnica, Eliamar Oliveira, anualmente, apresenta-se uma distinção clara entre período de safra e entressafra. “Este é um comportamento padrão no ano. Nos meses mais chuvosos, em que o pasto apresenta melhor qualidade, a quantidade de alimento para as vacas é abundante e propicia aumento da produção, o preço médio do leite é menor. Quando ocorre a redução das chuvas, há o prejuízo no desenvolvimento dos pastos, diminui a capacidade de alimentação para o rebanho, consequentemente reduz a produção e os preços se elevam”, disse via assessoria.
Em sete anos de observação, os preços dos meses mais secos do ano superam em média 12,4% os valores dos meses mais chuvosos. A produção de leite sofreu redução significativa de 45,42% neste período, entre 2015 e 2022.
As razões da queda podem estar relacionadas à falta de estímulo ao produtor que decide migrar para uma atividade mais rentável e a predominância de pequenas áreas e baixa escala de produção.
Em Mato Grosso do Sul, cerca de 55% da produção de leite em Mato Grosso do Sul é oriunda de áreas de até 50 hectares, segundo o Censo Agropecuário de 2017 do IBGE.