Mesmo sem registros no Brasil, a ferrugem laranja é considerada uma das mais severas para a cultura da cana-de-açúcar. Para informar a população sobre a possibilidade de entrada da praga nas lavouras brasileiras, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio do Departamento de Sanidade Vegetal, da Secretaria de Defesa Agropecuária (DSV/SDA), desenvolveu um material informativo sobre os perigos da ferrugem laranja.
Em Mato Grosso do Sul, o setor sucroalcooleiro tem se destacado na produção de etanol, o álcool combustível, sendo que, atualmente, existem 14 empreendimentos de produção de álcool no Estado, e diversos pedidos de implantação em análise.
A disseminação da ferrugem pode se dar por meio de roupas, calçados, bagagem ou material vegetal, além do vento, por longas distâncias. Sem casos recentes no Brasil, a praga já se encontra em países próximos, como Guatemala e Nicarágua, onde a indústria sucroalcooleira foi consideravelmente afetada.
Algumas atitudes preventivas são indicadas para pessoas que visitam regiões com canaviais infestados pela ferrugem laranja, localizadas na Austrália, Estados Unidos, América Central, Indonésia, Índia e China. Entre as práticas para manter a ferrugem longe do território nacional, estão a recomendação de lavar e passar as roupas, antes do retorno ao Brasil e não trazer nenhum tipo de material vegetal na bagagem, sem a devida autorização oficial.
Essas atitudes podem segundo o Mapa, dar mais tempo para que sejam realizadas pesquisas de variedades de cana-de-açúcar resistentes, a maneira mais econômica para o controle da ferrugem. Das variedades brasileiras testadas na Austrália, a RB72454 apresentou suscetibilidade à praga, o que significa que o Brasil pode correr risco de prejuízos econômicos com a ferrugem. Isso porque, além de ser bastante plantada, a RB72454 é utilizada para desenvolvimento de novas variedades. (Com Assessoria)
Campo Grande 00:00:00 Quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2025
