A Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul) divulgou nesta sexta-feira (8) que o setor sucroenergético do Estado fechou a safra 2012/2013 com a exportação de 1.292 giga Watts hora (GWh) de energia, um crescimento de 17% em relação a safra passada.
Segundo a Biosul, na safra 2011/2012, oito usinas do Estado exportaram um montante de 1.100 GWh. Na safra que antecedeu, o total foi de 638 GWh. O investimento feito pelas indústrias com a aquisição de novos equipamentos e a modernização das unidades garantiu que mais bioeletricidade fosse exportada.
A preocupação com a diversificação da matriz energética veio após o risco do “apagão”, entre 2001 e 2002, quando 90% da energia do País era gerada pelas hidrelétricas. A crise fez com que o governo federal buscasse novas fontes elétricas. Até 2008, o bagaço gerado pelas usinas era considerado um resíduo para as indústrias de açúcar e etanol.
A eletricidade a partir da cana é uma alternativa porque complementa a geração hídrica no período de seca, entre abril a novembro, as unidades sucroenergéticas estão moendo para produzir açúcar e etanol e gerando energia a partir da queima do bagaço.
O investimento das usinas em novas plantas e a readequação das antigas, com aquisição de maquinários mais modernos garantiram que esse bagaço fosse transformado em eletricidade. A iniciativa privada também investiu na construção de linhas de transmissão, o que possibilitou que a indústria de cana-de-açúcar tivesse mais um produto: a bioeletricidade.