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Rural Sábado, 11 de Outubro de 2008, 09:31 - A | A

Sábado, 11 de Outubro de 2008, 09h:31 - A | A

MS não fará corte de gastos e exportações se mantém

Da redação (LM)

Mato Grosso do Sul não terá pacote contra a crise financeira, assegurou o governador André Puccinelli, manifestando confiança nas ações de controle de gastos que já são adotadas rotineiramente, e também nas medidas adotadas pelo governo federal para blindar a economia nacional. Ao mesmo tempo acenou com a possibilidade de aumentar os créditos presumidos das empresas para manter a competitividade.

“Não temos onde cortar, porque já fazemos avaliações periódicas e estamos sempre vigilantes contra o desperdício. Mais que isso, perderíamos qualidade nos serviços”, afirmou André. O governador apontou a tomada de medidas de irrigação financeira ao setor produtivo como essencial para proteger a economia do País. “Tem que dar dinheiro para a agricultura, para a pecuária, para a indústria que gera o fomento. Aí o comércio vem a seguir”, avalia.

No que cabe ao governo estadual, Puccinelli afirmou que está vigilante em iniciativas que poderá tomar se a crise se aproximar, e disse que pode ser aumentado o crédito presumido das empresas. Ao fazer corte na arrecadação, o Executivo estaria promovendo a atração de empresas, que geram empregos e renda, e movimentam a economia com pagamento de salários. “Então, créditos fiscais e tributários poderão ser aumentados para ter competitividade e gerar atração de mais empresas”, resumiu.

Descartando editar pacote de medidas emergenciais, o Executivo mantém a previsão orçamentária para 2009 de R$ 7,5 bilhões, estimando obter a receita que foi programada e manter os investimentos, com prioridade para segurança, saúde e educação. André também tranqüiliza o funcionalismo, assegurando que será mantido o esforço para repor inflação e oferecer ganho nominal aos salários. “Acredito que a crise não afetará o funcionalismo e trabalharemos para que não afete aos trabalhadores, que representam com orgulho o nosso estado”.

Agronegócio
André Puccinelli está otimista em relação às exportações, confiando que se o dólar se mantiver no patamar aproximado de R$ 2,00 as vendas internacionais não serão comprometidas. A valorização da moeda americana, ele lembra, pode até ser favorável, aumentando os ganhos dos exportadores. “Se for mantido assim, vai até beneficiar, auferindo mais reais ao que se vende em dólar. Se passar para R$ 2,30, R$ 2,40, aí sim, nos tira a competitividade exterior e vai, a longo prazo, acabar afetando. Mas se as estimativas [de estabilidade] se confirmarem, para a pecuária via ser uma beleza”, analisa.

Puccinelli frisa que é preciso cobrar lá fora a real qualidade da nossa carne, que tem valor financeiro menor em relação a outros países. Os investimentos que vem sendo feitos em sanidade agregam ainda mais qualidade e precisam ser considerados no mercado externo. (Notícias MS)

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