O curso de Introdução às Geotecnologias promovido desde o dia 9 de abril pela Biosul – Associação dos Produtores de Bioenergia de MS, e Embrapa Agropecuária e Informática foi o pontapé para uma parceria que deve trazer geotecnologia para o setor sucroenergético.
Conforme o pesquisador da Embrapa Agropecuária Informática, Alexandre Camargo Coutinho, a tecnologia permite o acesso de dados que possibilitam acompanhar o comportamento de um talhão de cana. “Antecipadamente, teremos informação sobre o comportamento daquela planta e será possível saber com precisão, se a produção de determinada safra será maior ou abaixo da média histórica”, explicou.
Para fechar a parceria, o presidente da Biosul, Roberto Hollanda Filho, irá em breve, até a Embrapa - localizada em Campinas (SP). “Temos total interesse no projeto. O georreferenciamento é um instrumento importante para que as indústrias monitorem a produção e produtividade”, aponta.
A capacitação é realizada até sexta-feira (13) e oferece aos colaboradores das indústrias do setor, uma oportunidade de interpretar imagens de satélites sobre a cultura da cana-de-açúcar. Para o pesquisador, esse primeiro curso é um contato inicial com esse tipo de tecnologia. “Não temos a perspectiva de formar grandes técnicos em uma semana. Por enquanto, é apenas uma degustação para que analisem esse universo”, avalia Camargo Coutinho.
Um dos participantes do curso, Davi Correia de Oliveira, de Ponta Porã, revela que só conhecia superficialmente o sistema de geotecnologias: “Na indústria, iniciam-se os trabalhos com a agricultura de precisão e o georreferenciamento é essencial para isso”.
A agricultura de precisão consiste em um ciclo de análise da produtividade do solo (através da colheita), análise das características do solo (através de coleta de amostras ou imagens de satélite), controle preciso da aplicação de insumos e correção da terra, além do controle preciso da plantação e aplicação de agrotóxicos.
Fonte: Famasul