Domingo, 24 de Agosto de 2008, 07h:13 -
A
|
A
Paraguaios querem implantar “Sanidade sem Fronteiras”
Sato Comunicação
Depois da apresentação do programa “Sanidade Sem Fronteiras”, pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (FAMASUL), Ademar Silva Junior, esta semana, durante a XXVII Expoferia Internacional de Ganaderia, Industria, Agricultura, Comercio y Servicio – Expo 2008, em Assunção, os paraguaios se interessaram em implantar o programa também no Paraguai. “Eles têm o papel, importante para a certificação, mas o trabalho de educação voltado principalmente para os pequenos pecuaristas, eles não têm”, explicou o presidente da entidade.
Conforme o médico veterinário Cyl Farney, consultor técnico da FAMASUL e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional de MS (SENAR-AR/MS), a dificuldade está em garantir recursos para que o programa seja implantado. “Eles nos questionaram quanto aos recursos e os cu stos por animal. Numa conta rápida, calculo que eles gastem R$ 100 por animal trabalhado”, comentou.
O presidente da FAMASUL apontou a necessidade da parceria dos pecuaristas com o poder público. “A exemplo do Mato Grosso do Sul, os produtores se uniram ao governo do Estado, ao Ministério da Agricultura, além de entidades como o Senar e a Famasul. As universidades também nos ajudaram muito, cedendo os acadêmicos da área, e até as revendedoras de vacinas ajudaram na mobilização dos assentados e pequenos produtores”, informou Ademar.
Para Ronei Fuchs, presidente do Sindicato Rural de Ponta Porã, que também foi com a comitiva para Assunção, é “extremamente importante” que o estado repasse o programa para o Paraguai. “No Brasil, o Senar atuou na capacitação dos profissionais da área, que foram até a região afetada e garantiu que fosse feita a multiplicação do programa”, informou.
Sanidade Sem Fronteiras
O programa atinge as famílias dos assentados, chacareiros e comunidades indígenas, com o propósito! de cons cientizá-los quanto ao trato adequado com os animais. O projeto teve início em 2007, depois que cinco cidades de MS foram atingidas, direta ou indiretamente, pela febre aftosa.
Desde então, foram formados 901 agentes de saúde animal e 422 em Educação Sanitária. As palestras e o teatro mobilizaram 2.245 pessoas em Mundo Novo, Eldorado, Japorã, Itaquiraí e Iguatemi. O Senar também promoveu 64 Dias de Campo, com a participação de 2.440 produtores rurais. Nesses dias, eles trabalharam também 25.157 animais.
Através do programa, foram vermifugados 23.600 bovinos, vacinados contra carbúnculo 11.200, contra brucelose 1.050 e 21.300 animais foram vacinados contra aftosa.
O projeto “Sanidade Sem Fronteiras” faz parte do programa “Sanidade Animal”, desenvolvido pela FAMASUL e SENAR-AR/MS, que inclui ainda o “Projeto Registrar”, no qual os criadores são orientados a anotar todas as informações das propriedades rurais, como compra e venda de gado e número de animais vacinados. Nesse período, foram formadas 21 turmas, com 414 produtores rurais, que aprenderam a usar a caderneta para controlar o rebanho.