A apicultura (cultura de abelhas para conseguir mel) é um dos setores afetados pelas fortes chuvas que caíram sobre o Estado nos últimos meses de 2009 e primeiros de 2010. Conforme a associação que representa o ramo, o excesso de água lava o pólen das flores, e impede a abelha de sair da colmeia, paralisando a produção do mel.
“Entre agosto e dezembro do ano passado, praticamente não tivemos colheita por causa da chuva”, relembra o consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Mato Grosso do Sul (Sebrae-MS), Gustavo Nadeu Bijos, via assessoria de imprensa do órgão.
De junho a outubro de 2009 a queda na produção foi de mais de 50%.
A região do Bolsão (leste do Estado) seria a mais prejudicada.
Conforme o Sebrae-MS, a situação incomoda só foi minimizada por parceria com a indústria de produção de papel e celulose Fibria. Os produtores encontraram na integração entre silvicultura e apicultura a possibilidade de aumentar a produção mesmo com o mal tempo, de acordo com o órgão.
“Desde o final do ano passado os apicultores colocaram colméias nos corredores dos hortos de eucaliptos da empresa”, relata Bijos, ainda via assessoria.
São cerca de 240 mil hectares plantados. Destes, 8 mil hectares são destinados a cerca de 25 criadores de abelhas.
Em 2010, a quantia esperada de mel é de 35 a 40 quilos por colmeia só com o eucalipto (parceria com a empresa que produz papel e celulose).
Se não fosse a chuva, os criadores de abelha teriam colhido, estima-se, entre 60 e 70 quilos de mel por colmeia. O número ainda é abaixo que o satisfatório, mas, bem acima da média nacional, que deve ficar em 16 quilos.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
