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Rural Domingo, 10 de Fevereiro de 2008, 09:38 - A | A

Domingo, 10 de Fevereiro de 2008, 09h:38 - A | A

Preços da terra quebram recorde no país

Folha Online

Com a produção em alta e a intenção de plantio recorde para a safra 2007/2008, o preço da terra alcançou valor recorde nominal em termos médios no país, segundo reportagem da Folha deste domingo (íntegra para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo pesquisa do Instituto FNP, consultoria privada especializada em agronegócio, ao longo de 2007, a valorização chegou a 17,83% --ganho real (acima da inflação) de 9,6% no ano. O preço do hectare passou de R$ 3.276 para R$ 3.860.

Para 2008, mesmo com a turbulência nos mercados internacionais, que poderiam prejudicar investimentos, a perspectiva é de nova alta, com os negócios ainda aquecidos. Os motivos, segundo especialistas, são: o preço dos grãos tende a se manter firme, a pecuária ensaia recuperação e os biocombustíveis têm espaço garantido pela frota flex, em que pese não haver a euforia de outros tempos na cana-de-açúcar.

Tomando um período mais amplo para análise, de três anos, o Estado de São Paulo registra as maiores valorizações absolutas no valor do hectare.

As regiões consideradas de fronteira, em Mato Grosso, no oeste baiano e no chamado "Mapito" (Maranhão, Piauí e Tocantins) viraram alvo de fundos de investimento, incluindo estrangeiros, que se voltaram para o mercado de terras, atraídos pelo cenário favorável.

A valorização da terra é um dos fatores que influenciam indiretamente o desmatamento no limite da fronteira agrícola. A partir da formação das lavouras, há a exploração das madeiras, áreas de pastos para a pecuária e o cultivo de grãos ou de plantações perenes.

Desmatamento

No dia 30 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o desmatamento na Amazônia é um "tumorzinho" que foi tratado como câncer antes do diagnóstico. E tentou evitar culpar a a soja e o gado pela ocorrência.

Sobre os números divulgados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Lula disse que a intenção era "alertar de que a gente não pode se descuidar de controlar a Amazônia".

Segundo estimativa do Inpe, 7.000 km2 de floresta, 4,7 vezes a área da cidade de São Paulo, foram derrubados no último trimestre. Os dados mostrariam interrupção do ritmo da queda de desmatamento, que vinha caindo desde a virada de 2004 para 2005.

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