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Rural Terça-feira, 07 de Outubro de 2008, 11:51 - A | A

Terça-feira, 07 de Outubro de 2008, 11h:51 - A | A

Produtores conhecem meios para exportação de carne na Famasul

Da redação (LM)

Para conseguir o certificado do Ministério da Agricultura para exportação de carne, é preciso seguir à risca as regras do Sistema Brasileiro de Identificação Bovina e Bubalina (SISBOV), um conjunto de Instruções Normativas do governo brasileiro para garantir o acesso da carne nacional a mercados externos, lançado em 2002.

Mato Grosso do Sul ficou fora da lista de estados exportadores por um longo tempo, desde que foram descobertos focos de febre aftosa na região de fronteira com o Paraguai, em 2005. No início de outubro, o Estado foi considerado livre da aftosa com vacinação pela Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e, como lembrou o superintendente federal de agricultura em MS, Orlando Baez, “depois de muito sacrifico” é preciso trabalhar para manter o status de área livre! , que se rá oficialmente concedido depois de uma visita de membros da OIE para inspecionar animais e propriedades rurais no Estado.

Nenhuma propriedade do Estado foi certificada pelo MAPA até o momento. Em outros estados, como Minas Gerais, que tem grande produção de gado leiteiro, 200 propriedades receberam a certificação. Em Goiás, 80 foram liberadas para venda ao mercado externo, e em Mato Grosso o número chega a 72.

Os produtores que quiserem conseguir a certificação para poder ganhar mais”, vão ter que se enquadrar às normas do SISBOV, que, como admitiu a apresentação do técnico da Superintendência Federal de Agricultura, tem muitos problemas.

Empecilhos de todos os tipos, segundo auditores, atrapalham o funcionamento do SISBOV, e acabam prejudicando a cadeia produtiva da carne. Desinformação, desunião, falta de compromisso de produtores, frigoríficos e certificadores são alguns problemas externos. O MAPA também falha, com equipes insuficientes para atender a demanda do Estado. A geografia sul-mato-grossense é um outro obstáculo. Propriedades distantes dificultam a comunicação e a chegada dos fiscais.

Para alguns produtores, como Amaral, as exigências do sistema de rastreabilidade são exageradas. Um dos itens que devem ser cumpridos, por exemplo, é a colocação de brincos de rastreabilidade em cada um dos animais. O objeto possui um chip com as informações do animal desde seu nascimento até o abate. “Para quem tem poucas cabeças de gado, como eu, é fácil brincar o rebanho; mas para quem tem milhares, fica difícil.”

O manejo do rebanho também é uma questão delicada. Durante a reunião, um produtor se queixou de que, com o passar do tempo, os brincos se tornam de difícil leitura. Um dos empecilhos é o pêlo do animal que cresce, ou a sua sujeira. “Imagina levar um por um até o tronco para verificar o seu número”, diz o produtor. (Sato Comunicação)

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