Representantes do Banco de Desenvolvimento Chinês estiveram em Mato Grosso do Sul em busca de oportunidades de investimento. O chefe representando do China Development Bank (CDB), Wei Dong Zhou, e outros quatro representantes do banco se reuniram com autoridades do Estado para definir investimentos nas áreas que a instituição atua: energia, infraestrutura, mineração e desenvolvimento agrícola.
Na tarde desta quarta-feira (20), a delegação se reuniu com o presidente do sistema Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel, com a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa, o diretor da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Jaime Verruck e Isaías Bernardini, que é diretor da Associação de Produtores de Bionergia de Mato Grosso do Sul (Biosul).
Em pauta foi discutido as necessidades de MS e como o dinheiro da China poderia ajudar no desenvolvimento local.
O CDB é responsável por financiar grandes obras dentro e fora da China, aqui no Estado ele já financia a fábrica de fertilizantes da Petrobrás em Três Lagoas, que vai custar R$ 3 bilhões. Já no exterior, a instituição financeira tem parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Só no Rio Janeiro, o banco chinês já emprestou US$ 12 bilhões para empresas públicas e privadas. No entanto, não foram divulgadas as expectativas de investimentos em MS.
Segundo a assessoria de imprensa da Famasul, Eduardo Reidel, apresentou o crescimento do agronegócio, que hoje representa cerca de 16% do PIB do Estado. Os grãos produzidos no Estado são fonte de interesse do mercado asiático. O diretor corporativo da Federação das Indústrias de MS (Fiems), Jaime Verruck, demonstrou a aceleração do crescimento industrial, que registrou ascensão anual de 17% de 2005 a 2010, e mostrou os gargalos do setor produtivo, com vistas a atrair investimentos.
Além da Famasul e Fiems, o diretor da Associação dos Produtores de Bioenergia (Biosul), Isaias Bernardini, apresentou aos executivos chineses um panorama do crescimento do setor sucroenergético, e o diretor executivo da Associação Sul-mato-grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore), Dito Mário, demonstrou a evolução do setor, em especial com a formação do maior complexo de papel e celulose do mundo, em Três Lagoas.
Os chineses seguem para Bonito neste fim de semana, onde vão conhecer os atrativos para o ecoturismo.