Terça-feira, 01 de Abril de 2008, 08h:00 -
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Reunião sobre endividamento rural é adiada
Agência Brasil
A assessoria de imprensa da Comissão da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), da Câmara dos Deputados, confirmou há pouco que foi adiada a reunião que aconteceria ontem (31/3), às 18h, entre entidades representantes dos produtores e parlamentares da bancada ruralista com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, para discutir uma solução para o endividamento rural.
Ainda não há confirmação da nova data do encontro. Segundo a assessoria, os ministros alegaram que não houve tempo hábil para analisar documento elaborado pela CAPADR, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Comissão de Agricultura do Senado e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), entregue na semana passada.
No documento, as entidades consideraram que o que foi apresentado pelo setor não atendeu às reivindicações dos produtores e citam quatro pontos que devem ser contemplados para equacionar o passivo. Os produtores defendem o alongamento de todo o passivo até 2025, como acontece na securitização, comprometendo 5% da produção bruta, além de juros de 4% ao ano, carência mínima de um ano para início do pagamento das parcelas e depuração do saldo das dívidas visando corrigir as distorções causadas pela inscrição na Dívida Ativa da União. No início da semana passada, o Governo se dispôs a renegociar R$ 56,3 bilhões.
O passivo das operações de crédito rural totaliza R$ 87,5 bilhões. Deste total, R$ 27,3 bilhões se referem às dívidas antigas, como securitização, Pesa, Recoop, Funcafé, Cacau e Prodecer II e III. Os débitos de custeio são de R$ 10,5 bilhões e os de investimentos estão em R$ 17,3 bilhões. Há ainda R$ 12 bilhões das dívidas com recursos dos fundos constitucionais, R$ 7,1 bilhões de operações inscritas na Dívida Ativa da União e R$ 13 bilhões relacionados à agricultura familiar.