Durante o ciclo de palestras da Showtec 2023 foram apresentadas técnicas para o manejo de fungos no solo, que cultivam soja, milho e outras culturas, nesta quarta-feira (24). A rotação das culturas pode ser essencial no manejo e proteção do solo, principalmente se a solução para o biológico.
A maioria dos fungos encontrados, são naturais do solo e os produtores devem ficar atentos à dupla monocultura, e duas das alternativas para solução, seria a retirada do milho do ciclo, eventualmente, ou consorciá-lo com forrageiras.
“Existem fungos que são naturais em praticamente todas as lavouras do Brasil, o cultivo realizado aqui em Mato Grosso do Sul ou no Mato Grosso, onde se produz a mesma soja no verão e no milho segunda safra, ele é uma sequência de cultivo das mesmas espécies, do ponto de vista patológico, é uma dupla monocultura, porque você está voltando com a cultura da soja no verão, na mesma área onde a soja foi cultivada no ciclo anterior. E você, normalmente, volta também com o cultivo do milho na segunda safra, no mesmo local onde foi cultivado. Portanto, esses habitantes naturais do solo vão encontrar o seu hospedeiro, que é a soja ou o milho”, explicou via assessoria o engenheiro agrônomo, Ricardo Trezzi.
Uma das opções para fazer o manejo vem na forma do vazio sanitário, ainda que não seja 100% eficaz quando o assunto são os fungos. “Sempre que você realiza um vazio sanitário, independente da cultura, você elimina a ferrugem por exemplo, mas a planta viva também mantém esses fungos nos restos culturais, então, o vazio sanitário contribui, não tenha dúvida, mas como nós estamos numa monocultura e os restos culturais vão persistir mais do que seis meses, quando você voltar, vai reencontrar os patógenos”, completa.
O evento é realizado pela Fundação MS e promovido pelo Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Sistema OCB/MS (Organização das Cooperativas Brasileiras) e Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul).