Mais de 95% das lavouras de soja sul-mato-grossenses foram cultivadas com sementes transgênicas durante a safra 2012/13. O percentual demonstra porque o Brasil lidera a expansão de transgênicos, com um crescimento de 21% na safra 2012 em relação ao ciclo anterior, segundo dados divulgados recentemente pela Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA). A evolução mundial do cultivo de sementes geneticamente modificadas foi de 6% no mesmo período.
Diante da importância e do aumento da utilização da biotecnologia na agricultura, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul realiza o Seminário Biotecnologia para a Sustentabilidade da Agricultura Brasileira. Direcionado para toda a cadeia produtiva, o evento será realizado no dia 17 de abril, das 8h às 17h, no auditório da Famasul, com participação de especialistas na área. A entrada é gratuita e as vagas são limitadas.
O objetivo do evento é trazer estratégias para o uso adequado das biotecnologias existentes. O tema teve recente repercussão devido à resistência de algumas espécies de lagartas desfolhadoras em lavouras de milho que faziam uso de sementes modificadas geneticamente.
“A utilização da biotecnologia na agricultura é uma inovação do sistema produtivo, proporcionando grandes avanços para o setor, possibilitando aumento da produtividade nas lavouras de soja, milho e algodão, além de melhorias nos processos produtivos”, afirma o engenheiro agrônomo do Sistema Famasul, Lucas Galvan. De acordo com Galvan, o seminário vai debater os problemas de resistência de insetos e plantas daninhas aos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) e discutir alternativas para resolver estas questões.
A área plantada com OGMs no Brasil chegou a 36,6 milhões de hectares, um incremento de 6,3 milhões de hectares em relação à safra anterior. Em âmbito mundial, atualmente são 170,3 milhões de hectares cultivados com sementes transgênicas, segundo divulgação da ISAAA.
O Seminário é uma realização do Sistema Famasul (Aprosoja MS, Senar e Funar) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e conta com o apoio da Secretaria do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Fundação Chapadão, Fundação MS.