Campo Grande 00:00:00 Sábado, 18 de Janeiro de 2025


Rural Segunda-feira, 27 de Agosto de 2012, 14:13 - A | A

Segunda-feira, 27 de Agosto de 2012, 14h:13 - A | A

Sojicultores devem ter cautela ao ampliar área de cultivo em 2013

Neide Fischer - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Mato Grosso do Sul vive um bom momento no cultivo da soja em várias regiões, fazendo até com que o preço de imóveis rurais em São Gabriel do Oeste, subam em torno de 20% segundo informa o site Idest. O índice reflete uma animada nos preços das commodities no mercado internacional, principalmente da soja, devido a quebra de safra nos Estados Unidos.

Segundo o Almir Dalpasquali, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), antes do plantio da safra verão no Estados Unidos, que acontece no mês de setembro, o mercado deve se manter firme. Apesar dos “bons ventos”, o agricultor deve estar alerta. “Não devemos ter o sonho de vender soja daqui a uns três anos ao mesmo preço, temos que ter cautela após a  metade de 2013” orienta.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) também adverte de que é preciso muita cautela na hora de dimensionar o aumento da área a ser plantada com soja para aproveitar o bom momento de preços internacionais, uma vez que a tendência é de recuperação da produção dos Estados Unidos.

A safra 2012/2013 começará a ser plantada no mês de setembro para colheita e no início de 2013 e devem ser ceifadas mais de 81 milhões de toneladas de soja, um acréscimo de 23% em relação a safra anterior.

O vice-presidente de Finanças da CNA, José Mário Schreiner, disse em entrevista a Agência Brasil que a elevação de preços em decorrência da quebra de safra norte-americana já aconteceu e pode até se sustentar até a próxima colheita brasileira, mas a safra brasileira que virá maior concorrerá para possível redução de preços, juntamente com maior safra também na Argentina, que é hoje o terceiro maior produtor mundial.

De acordo com a Agência Brasil, a redução de colheita nos EUA é extensiva também ao milho, cuja produção foi de 313,9 milhões de toneladas na safra passada, e o próprio Departamento de Agricultura (Usda, na sigla em inglês) estima quebra em torno de 40 milhões de toneladas.

A cotação internacional, fixada pela Bolsa de Chicago, também aumentou no caso do milho, só que de forma mais modesta, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS