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Rural Terça-feira, 19 de Abril de 2022, 09:52 - A | A

Terça-feira, 19 de Abril de 2022, 09h:52 - A | A

Mais abate, menor preço

Suinocultura cresce, mas produtor sul-mato-grossense tem desafios pela frente

Entre janeiro e março deste ano volume de abate aumentou 16% em relação ao mesmo período do ano anterior

Rogério Vidmantas
Capital News

Governo de MS/Divulgação

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Aumento no volume de abates ainda não se reflete em maior ganhos para os produtores

A suinocultura segue crescendo no Mato Grosso do Sul e os resultado apontado no primeiro trimestre de 2022 mostram essa evolução. Segundo dados da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), o número de abates aumentou 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto em 2021 foram abatidas 615,7 mil cabeças e agora foram 715,1 mil cabeças.

 

O crescimento no número de abates, porém, não significa exatamente maior ganho para os suinocultores. A menor remuneração pelo suíno vivo acarreta redução do poder de compra para o produtor rural que trabalha de forma independente e deteriora a relação de troca com insumos para o sistema produtivo. “Para auxiliar os produtores rurais, a nova vertente da ATeG Suinocultura está atendendo os produtores independentes de Mato Grosso do Sul, tanto na gestão quanto na área técnica, também para amparar nos momentos de maiores dificuldades”, destaca o gerente técnico, José Pádua.

 

“Outra opção que está contribuindo com os produtores nesse momento desafiador é o apoio financeiro disponibilizado pelo Governo do Estado, via programa Leitão Vida. A política de estímulo ao desenvolvimento da atividade está cumprindo papel de contribuir com a receita do suinocultor para minimizar os prejuízos e ajudá-lo vencer esta fase crítica”, afirma a analista técnica, Eliamar Oliveira.

 

Exportações 

 

Outro ponto que preocupa os suinocultores é a queda no volume de exportação. A comercialização para outros países foi 35% menor entre janeiro e março deste ano, se comparado ao mesmo período do ano anterior.

 

A queda nas exportações está relacionada à retomada da produção chinesa. Segundo o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em 2022, a China produzirá o equivalente a 51 milhões de toneladas de carne suína. “O aumento de abates no estado e a diminuição da exportação também comprovam que a carne suína produzida no estado tem sido destinada ao mercado interno”, finaliza, José Pádua.

 

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