Na balança comercial de Mato Grosso do Sul o agronegócio é responsável pelo equilíbrio econômico do Estado. Outros setores estão importando mais que exportando, enquanto que a agropecuária apresenta o superávit equivalente a US$ 2.886 bilhões. Os dados foram levantados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, e a Federação da Agricultura e Pecuária de MS – Famasul, e apresentados a 100 estudantes do curso Técnico em Agricultura do Instituto Federal de MS, durante a programação da 38ª Exposição agropecuária de Ponta Porã – Exporã.
O engenheiro agrônomo Lucas Galvan, executivo da Associação dos Produtores de Soja – Aprosoja/MS, com a palestra “Visão geral do agronegócio de Mato Grosso do Sul”, exibiu dados atualizados de mercado e expansão das culturas praticadas na região. “Nosso Estado é pequeno, não conseguimos consumir tudo o que produzimos, e o agronegócio além de alavancar a receita do Estado, é responsável pelas altas nos números de exportação do país”, explica o palestrante.
As 40.799 propriedades rurais de Mato Grosso do Sul são responsáveis por 16% da População Economicamente Ativa (PEA) do Estado, e os trabalhadores rurais colaboram com 15% do Produto Interno Bruto de MS, sendo a soja soma 25% dos produtos exportados, seguido da carne com 22%, e em terceiro lugar é apresentada a cana-de-açúcar. O agronegócio acaba exportando média de 83% de toda sua atividade em MS.
Dividindo o Estado por culturas, as indicações da Famasul apresentam 90% dos 70 mil hectares algodão se dão ao norte e o arroz na região de Rio Brilhante. A soja, principal cultura de MS se concentra no eixo central, enquanto que o milho se agrupa ao norte de MS. A cana foi uma das culturas que apresentou maior crescimento e se concentra na mesma região da soja. O Eucalipto na região leste deixa espaço também para a pastagem, que predomina por todo Mato Grosso do Sul.
A agricultura de MS conta atualmente com uma média de 825 armazéns entre locados ou não, com capacidade equivalente a 6.982.812 toneladas. A 38ª Exporã que segue até o dia 25 de março, com 16 horas de programação diária dividida entre palestras, leilões, encontro de negócios e festival de música.
