No Seminário Logística, Infraestrutura e Agronegócio, realizado nesta sexta-feira, na Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, o presidente da Biosul – Associação de Produtores de Bioenergia de MS, Roberto Hollanda Filho, apontou que a comercialização de todo o açúcar produzido no Estado é transportado pelas rodovias e apenas 9% do etanol é conduzido pelas ferrovias.
“Temos uma expectativa em relação à construção do etanolduto”, afirmou o presidente que vê nesse investimento uma ampliação da produção de cana. Conforme Hollanda Filho, as premissas de crescimento para 2020 são de que o etanol produzido no Brasil atenda 50% da demanda mundial de automóveis flex. Para isso, melhorar a forma de distribuição, com um custo menor, é imprescindível para o setor, que pretende ainda atender a demanda do mercado norte-americano (em 2020) de 13,2 bilhões de litros. Hoje, a produção de combustível proveniente da cana-de-açúcar atende apenas 36% da demanda dos veículos flex.
Para alcançar em 2020 a expectativa apontada pelo setor, 120 novas usinas precisam ser inauguradas e, em relação à última safra, o crescimento de produção deve ser 100% maior. Hoje, esse aumento está principalmente nos estados de Goiás (180%) e Mato Grosso do Sul (190%).
Conforme o último levantamento da Biosul, o Estado deve moer 37,8 milhões de toneladas de cana, produzir 1,6 mi t de açúcar, 2 bilhões de litros de etanol e entregar 1.300 GWh ao Sistema de energia elétrica. Mato Grosso do Sul tem 22 unidades em operação e duas em fase de construção.