O vice-presidente da Enersul, Sidney Simonággio, afirmou que a empresa vai pedir reajuste de 16% e não 23% como divulgaram os técnicos durante reunião ontem com deputados estaduais. Segundo Simonággio os cálculos apontam para um reajuste médio entre 15% e 16% e os principais componentes para o aumento é a variação do dólar e os custos de distribuição.
Sobre esse índice, deveria ser abatido o crédito decorrente do erro na revisão tarifária de 2003, que resultou na cobrança de aproximadamente R$ 151 milhões. A dúvida é se a tarifa ficará congelada ou haverá aumento. A Enersul tem três propostas para a revisão tarifária.
Para o diretor da Enersul, a Aneel tem a responsabilidade de assegurar o equilíbrio da empresa. O líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Youssif Domingos (PMDB), acha que pode haver reajuste de 4,5% se for abatido o crédito. “Se a Enersul antecipar as parcelas referentes aos R$ 150 milhões que deve aos consumidores sul-mato-grossenses, não teremos reajuste. Se adiantar 66%, o reajuste será de 4,5%. E se antecipar 50%, o reajuste será de 7,5%”, simula.
Redução x alternativas
De acordo com estudo da Aneel, no entanto, a tarifa da conta de luz deveria sofrer uma redução de 8,27%. A Enersul não entra nessa discussão, já que os critérios da revisão tarifária são 'complexos' e compete à Aneel equalizar os cálculos. No entanto, aponta três alternativas:
A primeira seria de reajuste zero em troca da dívida que a empresa tem com os consumidores do Estado. Os valores ainda estão sendo devolvidos. São 36 parcelas. A segunda alternativa seria de um aumento de 4,5% na tarifa agora e redução de 66% da dívida. A terceira, um aumento de 7,5% na conta com a redução do saldo devedor em 50%.
(TV Morena)