O presidente da Acrisul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Chico Maia, foi à sessão da Assembleia Legislativa desta terça-feira, 25 de agosto, pedir apoio aos deputados estaduais para conseguir um certificado que garanta maior rentabilidade nas vendas de carne bovina de animais criados no Pantanal Sul-mato-grossense; que seria um Selo de Origem de Produção.
“A carne do Pantanal tem que ter bônus, já que é produzida com sustentabilidade ambiental. Vimos aqui pedir para que a ‘AL’ una forças neste sentido”, argumenta Chico.
A intenção é fazer com que a carne pantaneira ganha mais espaço no mercado exterior, cada vez mais exigente para com as questões ambientais. O gado pantaneiro é conhecido como “boi verde”, já que é criado com capim e sem produtos que atuem contra a natureza do animal e do ambiente.
Além do selo, haveria um manual com todas as práticas diferenciadas de criação e manejo do boi e da carne que seriam entregues aos compradores como mais uma garantia da qualidade do produto.
“Existem ao menos cinco ONGs (Organizações não Governamentais) e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) que admitem que essa carne é diferenciada”, diz Chico Maia.
O presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Política Rural e Agrária e Pesquisa da Assembleia, Marcio Fernandes (PSDB), disse que pretende estudar a possibilidade de tornar o pedido um projeto de lei. “Além disso, vamos tentar agendar uma reunião com os produtores e o ministro Reinhold Stephanes (PMDB-PR) [da Agricultura, Pecuária e Abastecimento], em Brasília, para levar essa reivindicação”, disse ao Capital News.
“A carne dessa região preservada tem que ter um preço diferenciado. O trabalho do produtor deve ser levado em conta e recompensado”, finaliza o parlamentar.
.Chico Maia, presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do (SulAcrisul) .
Foto: Deurico/ Arquivo Capital News
Por: Marcelo Eduardo e Jefferson da Luz - Capital News