O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, afirmou durante entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, 26, que a Capital está se tornando um abrigo para criminosos. “Hoje, Campo Grande é o maior depósito da criminalidade do país e até do Mundo”, afirma.
De acordo com Nelsinho, o problema maior do presídio é que com a detenção de líderes do tráfico no local, alguns membros das facções criminosas tendem a acompanhá-los para a cidade. “Infelizmente nós sabemos que não só eles que vêm para cá. O bando acompanha eles (referindo-se aos dez chefes do tráfico do Rio de Janeiro que chegaram em Campo Grande)”, explica.
Para o prefeito, a vinda dos dez acusados de terem ordenado os ataques no Morro do Macaco foi um erro da Justiça. “Existem quatro presídios federais no país. Eles tinham que dividir os grupos e mandam os dez para cá”, critica Nelsinho.
Equívocos
O prefeito de Campo Grande, Nelson Tard Filho (PMDB), aponta a construção do Presídio Federal como uma infelicidade da Capital, já que nele são detidos os chefes do crime organizado de todo o país. “A vinda do Presídio Federal foi um equívoco muito grande”, afirma.
Para o deputado estadual, líder do governo na Assembléia Legislativa, Youssif Domingos, existem dois equívocos nessa sequência de fatos que vem vivenciando a Capital. “Já descuidamos de permitir a vinda desse presídio para Campo Grande, agora não podemos deixar que não haja uma divisão desses presos”, explica o deputado.
Presídio Federal
No local estão detidos os detentos considerados perigosos, como o chefe do tráfico Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar , e Juan Carlos Ramirez Abadia.
No último sábado foram transferidos parra o presídios dez presos acusados de terem ordenado os ataques ao Morro do Macaco, em uma briga pelo comando do tráfico local. Na ocasião houve troca de tiros e um avião da polícia foi abatido.
O prefeito Nelson Trad esteve reunido com líderes políticos, além de representantes religiosos parrar discutir situação do presídio federal
Foto: Deurico/Capital News
Por Reginaldo Rizzo e Alessandro Perin - (www.capitalnews.com.br)
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