A família do menino Rogério de Mendonça Pedra Silva, que foi morto com um tiro no pescoço, durante uma briga de trânsito pelo jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, no dia 18 de novembro do ano passado, promove nesta quarta-feira (24), a partir das 17 horas, uma manifestação pela paz no centro de Campo Grande.
O dia foi escolhido para a manifestação, porque hoje a criança completaria três anos. Além de lembrar o crime, o ato também representa uma forma de protesto contra a decisão da 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) que no dia 8 de fevereiro revogou a prisão preventiva contra o jornalista.
A manifestação vai começar na Praça Ary Coelho. No local haverá telões onde serão exibidas fotos da criança e depoimentos sobre o caso. Caminhando os participantes vão seguir até o local onde foi disparado o tiro que atingiu a criança, na Avenida Mato Grosso, esquina com a Rua Rui Barbosa, no centro da cidade.
O crime
No dia 18 de novembro do ano passado, Agnaldo Gonçalves se envolveu em uma briga de trânsito com Ademir de Pedra Neto, 22 anos, na Avenida Ernesto Geisel. A discussão continuou na Avenida Mato Grosso até que o jornalista, armado, atirou na direção do carro de Ademir e acertou o avô do rapaz, João Afonso Pedra, 54 anos e o sobrinho, Rogério. O garoto, de dois anos e oito meses, foi atingido no pescoço e morreu no hospital. João Afonso foi atingido no maxilar. Agnaldo justificou os disparos dizendo que foi ameaçado. O jornalista estava detido no Centro de Triagem.
Mais violência
Também participará da manifestação a mãe do adolescente Paulo Henrique Rodrigues, de 17 anos, que morreu no dia 17 de fevereiro. Ele estava trabalhando na bicicletaria do padrastro, no bairro Tarumã, quando a mercearia do avô foi assaltada e na fuga um dos bandidos começou a atirar e um dos disparos atingiu o peito do jovem, que morreu antes de ser levado para o hospital.
