Ao menos 43 caciques de aldeias de Mato Grosso do Sul estão reunidos neste momento na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Campo Grande para reivindicar a nomeação de Edson Fagundes como coordenador regional do órgão no Estado. Na semana passada, cerca de 25 caciques de outras aldeias também se reuniram, mas para pedir a permanência do atual coordenador, Joãozinho da Silva.
Nesta manhã, o cacique Valcélio Figueiredo, da aldeia Tereré, em Sidrolândia, que é um dos líderes do grupo, disse que o número de caciques que desejam a nomeação de Edson é maior que os que querem a permanência de Joãozinho. Sobre a possibilidade de embate entre as lideranças, ele afirmou que “somos maioria e como maioria nossa vontade deve prevalecer”.
Edson é apoiado pelo senador Delcídio do Amaral (PT), que na semana passada retirou a nomeação de Joãozinho e recolocou o nome de Edson no páreo. Caciques que apóiam o atual coordenador se revoltaram contra a decisão e pediram a nomeação de Joãzinho. Agora, outro grupo pretende forçar a Funai, em Brasília, a nomear Edson.
A briga existe há cerca de dois anos, quando Joãozinho assumiu a Funai em Mato Grosso do Sul. Ele é terena e apoiado por grande parte dos indígenas por também ser índio. Já Edson atua há muitos anos na questão indígena e trabalha na Funai, em Miranda. No entanto, não é indígena, o que causa desavença entre os grupos.
Valcélio diz que mais de 40 caciques apoiam Edson e isso deve ser respeitado
Foto: Deurico/Capital News
Lucia Morel - Capital News