O juiz Carlos Alves Garcete, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, determinou o bloqueio dos bens do jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, 60, acusado de assassinar em novembro do ano passado, o menino Rogério de Mendonça Pedra Filho, de 2 anos, após uma briga no trânsito.
O jornalista foi preso em flagrante e ficou preso até fevereiro. A Justiça já realizou uma audiência e designou outra para 31 de maio.
O pedido de bloqueio dos bens foi feito pelo advogado Ricardo Trad, que representa no processo a mãe de Rogerinho, Ariana de Mendonça Pedra e Silva. Agnaldo é acusado de homicídio e tripla tentativa de homicídio.
A 'Ação de Especialização de Hipoteca Legal' foi ajuizada no dia 8 de abril e distribuída ontem (23), em nome da mãe de Rogerinho, do avô e do tio, João Afonso Pedra e Aldemir Pedra Neto. Com o processo de hipoteca legal, Agnaldo não pode movimentar seus bens até o processo de homicídio e de ação por danos morais transitarem em julgado. A família de Rogerinho pede indenização de R$ 1,2 milhão.
A família de Rogerinho também pediu o confisco de móveis e valores em conta corrente, mas o pedido foi negado.
O crime ocorreu no início da tarde do dia 18 de novembro de 2009 no centro de Campo Grande. Rogerinho foi atingido por um tiro no pescoço após discussão do jornalista com o tio, Aldemir Pedra, em um cruzamento no centro da Capital. Após uma discussão entre os dois motoristas, Agnaldo disparou contra a camionete e acabou atingindo o menino, que estava no banco traseiro.
Os tiros atingiram Rogerinho e o queixo do avô, João Afonso, que estava no banco da frente, ao lado do motorista. Após o crime Agnaldo procurou a polícia e chegou a alegar que não sabia se tinha ferido alguém, afirmando não ter visto a criança. Eles responde ao crime em liberdade.