O jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, réu no caso da morte do menino Rogério Mendonça Pedra Filho, em novembro do ano passado, não compareceu à audiência realizada na manhã desta segunda-feira (21), para oitiva de testemunhas da defesa. Ele está morando na cidade de Praia Grande (SP) desde maio, onde tem residência fixa, segundo seu advogado, Valdir Custódio, que falou ao Capital News.
O jornalista será ouvido por carta precatória, mas não há previsão de quando o juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Juri, vai receber o depoimento do acusado. “Isso é imprevisível, vai depender da justiça paulista”, informa Custódio. Quando o réu tem domicílio em outro lugar que não onde corre o processo, a lei garante que este seja ouvido na cidade onde mora.
Na semana passada, a defesa conseguiu uma liminar em habeas corpus anulando a prisão preventiva decretada em 31 de maio. Conforme Custódio, a justiça entendeu que a prisão é ilegal. A acusação alegava que o jornalista teria se divorciado da esposa para que na divisão de bens a indenização requerida fosse menor.
A Justiça, no entanto, entendeu que a indenização não é fundamento para pedir a prisão de alguém e que o divórcio não seria impedimento para o não pagamento da indenização, já que mesmo casado, os bens da esposa não seriam contabilizados na ação.
Agnaldo responde pela morte do menino Rogerinho, em novembro de 2009, à época com dois anos de idade. O crime aconteceu depois de uma discussão de trânsito na região central de Campo Grande. Rogerinho foi atingido por um tiro no pescoço após discussão do jornalista com o tio, Aldemir Pedra, em um cruzamento no centro da Capital.
Após uma discussão entre os dois motoristas, Agnaldo disparou contra a camionete e acabou atingindo o menino, que estava no banco traseiro. Os tiros atingiram Rogerinho e o queixo do avô, João Afonso, que estava no banco da frente, ao lado do motorista. Após o crime Agnaldo procurou a polícia e chegou a alegar que não sabia se tinha ferido alguém, afirmando não ter visto a criança.
Por: Lucia Morel - (www.capitalnews.com.br)
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