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Política Segunda-feira, 24 de Agosto de 2009, 09:45 - A | A

Segunda-feira, 24 de Agosto de 2009, 09h:45 - A | A

Dagoberto diz que não se importa se deputados estaduais deixarem o PDT

Jefferson da Luz - Redação Capital News - (www.capitalnews.com.br)

A crise dentro do PDT de Mato Grosso do Sul só tem aumentado desde a última semana. Hoje, em entrevista à rádio Capital FM, o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) disse que, se os deputados estaduais quiserem deixar o partido, eles não farão falta nenhuma.

“Estes deputados não fazem falta no partido. São preocupados principalmente com seus esquemas lá dentro da Assembleia [Legislativa] e se aproximam de tudo quanto é governo. Ganham a eleição e no outro dia estão lá, no colo do governo”, criticou Dagoberto.

Na Assembléia Legislativa são quatro os parlamentares que compõem a bancada pedetista: Antônio Braga, Onevan de Matos, Coronel Ivan e Ary Rigo. O único que recebeu uma ressalva de Dagoberto foi este último. “O Rigo defendeu sua vontade ficar com o governador. E em relação a ele eu até respeito. O resto não”.

Questionado sobre quais seriam os esquemas que existiriam na Assembleia ele disse que é do tipo financeiro e de cargos, mas não deu maiores detalhes. “Infelizmente estão filiados no PDT, mas a gente tenta ir limpando isso e dando mais oportunidades novas lideranças”, comentou.

O deputado, com certo ressentimento, lembrou-se da época de campanha, quando, segundo ele, todos apoiaram sua candidatura. “Mas na época da eleição nenhum me apoiou, cada um foi para o seu lado se acertando com quem dava mais”.

Para tentar por ordem no diretório municipal, na quarta-feira chega a Campo Grande o presidente da executiva nacional do PDT, Carlos Lupi. O que pode resultar em uma interdição do diretório da capital.

De acordo com Dagoberto, os membros da chapa de oposição fizeram uma manobra para deixar sua chapa de fora da direção do partido. “Vai ter reação. Não vou ficar assistindo”, avisou.

Toda a briga se deve ao fato de que uma parte do partido, nas próximas eleições, quer se aproximar do ex-governador Zeca do PT e outra, esta liderada por Rigo, prefere o governador André Puccinelli (PMDB). Contudo, Dagoberto disse que, sob seu comando, quem vai decidir quem o partido apoiará será a militância e declarou sua preferência pelo petista. “O Zeca foi o melhor governador que o Estado já teve. O André foi o melhor prefeito que Campo Grande já teve, mas como governador não está correspondendo”, frisou.

Episódio – Na semana passada, quando estava marcada a convenção para a eleição do novo diretório municipal do PDT, a atual presidência simplesmente não abriu as portas da sede do partido. Então, o Grupo de Dagoberto fez a votação na calçada, e o vencedor foi o vereador Paulo Pedra. A validade da eleição ainda é contestada.


Por Jefferson da Luz - Redação Capital News - (www.capitalnews.com.br)

 

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