Após denúncia da operação Owari por suposta participação em quadrilha acusada de fraude em licitações públicas para a exploração de prestação de serviços em áreas como saúde e atividade funerária, Ari Artuzi (PDT), prefeito de Dourados, poderá ter sua administração investigada por Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
O pedido inicial pela investigação foi feito segunda (22) pelo vereador Dirceu Aparecido Longhi (PT). Conforme Dirceu, com quem o Capital News conversou via telefonema, o principal objetivo é discutir o contrato com o Hospital Evangélico, em torno de detalhes como o valor pago pela Prefeitura, os direitos e deveres do hospital, como foi feita a contratação do pessoal, pois, conforme o vereador, não haveria registro de concurso público para contratação.
Ainda conforme Dirceu, vários requerimentos foram enviados à Prefeitura para que os dados sobre a gestão fossem repassados, porém, “nada foi respondido”. Sobre isso, a assessoria de imprensa da Prefeitura afirma que a informação que se tem é que todas as solicitações e requerimentos foram respondidos.
O vereador Dirceu afirmou que seu pedido era pra que fosse investigada a gestão de 2009, porém o vereador Marcelo Barros (DEM) solicitou que fosse também investigada a gestão em 2007 e 2008, referente ao mandato do prefeito Laerte Tetilla (PT). O presidente da Câmara dos Vereadores de Dourados, Sidlei Alves da Silva (DEM), tem cinco dias para aceitar ou não a solicitação dos vereadores.
A assessoria do prefeito defende que Artuzi “vê com bons olhos” a CPI, pois, “ele acredita que a Câmara vai fazer um bom trabalho e vai mostrar que vários problemas são reflexos da administração passada”. Um dos argumentos destacados pela assessoria é que na administração de Artuzi houve diminuição de 85% dos casos encaminhados para Campo Grande.
Segundo o vereador Dirceu, ontem havia um forte movimento contrário à CPI, por isso há possibilidade de o presidente recusar o pedido, porém ele espera que seja acatada a sua solicitação.
Por: Ana Maria Assis e Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)