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Polícia Segunda-feira, 21 de Março de 2011, 13:45 - A | A

Segunda-feira, 21 de Março de 2011, 13h:45 - A | A

Amigos e familiares de jovem morto em boate manifestam em frente ao Fórum de CG

Valquíria Oriqui - Capital News (www.capitalnews.com.br)

“Justiça!”, é o que pedem familiares e amigos de Jeferson Bruno Gomes Escobar, 23, morto na madrugada deste sábado (19), em um bar de Campo Grande. Reunidos com cartazes em frente ao Fórum da Capital, manifestantes chamam a atenção de desembargadores para que o culpado, Cristhiano Luna de Almeida, 23 anos, não fique impune.

Jeferson trabalhava de segurança em um bar da avenida Afonso Pena e foi agredido com alguns golpes e socos por Christiano. Após a agressão, Jeferson foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, porém, não resistiu e faleceu.

O funcionário público federal, João Márcio Escobar, pai de Jeferson, fala sobre o manifesto. “Os amigos resolveram fazer porque o advogado de Cristhiano entrou com pedido de habeas corpus. Eu não tive coragem de assistir o vídeo, mas me disseram que meu filho foi executado com alguns golpes no pescoço, sendo um fatal”, lamenta o pai.

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João Márcio Escobar, pai de Jeferson, morto com golpes em bar de Campo Grande
Foto: Deurico/Capital News

Escobar fala que teme o desaparecimento do agressor. “Cristhiano tem condições financeiras de ‘desaparecer’ e não cumprir os mandados da justiça e ficar impune”, diz o funcionário público.

Durante a manifestação, André da Silva Gomes, que trabalha no escritório de advocacia Nelson Trad, e que também já trabalhou com Jeferson, disse que o escritório se dispôs a ajudar a família.

A reportagem do Capital News entrou em contato com o escritório e confirmou a informação. “Não temos a informação oficial sobre o caso ainda por falta de tempo. O fato é recente, porém, o Dr. Fábio Trad vai colaborar com a família da vítima. Vamos conversar com os familiares e depois acompanhar as investigações”, afirmou o advogado Dr. Lucas Navarros ao ressaltar que o juiz já negou o pedido de habeas corpus.

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Segurança que trabalhou com Jeferson afirma à mãe de jovem assassinado que o escritório de advocacia o qual trabalha vai apoiar a família
Foto: Deurico/Capital News

Agressão

Em 2009, Cristhiano Luna de Almeida agrediu fisicamente o jovem Rafael Mecchi, 22, na época com 20 anos, durante a Expogrande. Rafael conta que as agressões começaram de repente. “Fui chamar meu primo, quando percebi eu já estava apanhando. Nunca fui de sair, depois do que aconteceu, piorou, só fico em casa”, relata o jovem que ainda cuida dos traumas psicológicos.

A mãe de Rafael, Fátima Regina de Freitas Mecchi, agradece a Deus pela vida do filho e lamenta a morte do filho de dona Edcelma Gomes Vieira. “Eu não fui buscar meu filho em caixão. Infelizmente isso teve que acontecer com Jeferson para que Cristhiano não ficasse impune. Acredito que, se Cristhiano tem alguma paz, não sei onde ela está”, desabafa a mãe do adolescente.

Rafael se recupera dos traumas com sessões de terapia e remédio controlado. O jovem interrompeu a faculdade de administração que cursava na Uniderp.

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Rafael, agredido por Cristhiano em 2009 durante Expogrande, ao lado da mãe, participam de manifesto
Foto: Deurico/Capital News

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Por Valquíria Oriqui - Capital News (www.capitalnews.com.br)

 

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