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Polícia Quinta-feira, 30 de Julho de 2009, 09:51 - A | A

Quinta-feira, 30 de Julho de 2009, 09h:51 - A | A

Cópias de escutas da operação Owari viram atração em Dourados

Da Redação (ME)

Em Dourados, milhares de CDs, DVDs e até pen-drives contendo as gravações autorizadas pela Justiça feitas pela PF (Polícia Federal) que resultou na prisão de 42 pessoas no dia 7 deste mês na operação Owari, estão correndo pelos quatro cantos da cidade, sendo ouvida por uma, duas ou em grupos, seja nas casas; em apartamentos; no interior de veículos, e principalmente em escritórios comerciais localizados na área central, se transformaram em um verdadeiro hit para os que tiveram acessos a elas.

Com relação de que forma estas cópias das escutas entre os acusados envolvidos no esquema ganharam as ruas, ninguém sabe, todavia, vale ressaltar que de acordo com informações do Judiciário, as investigações estariam correndo em segredo de Justiça.

As várias horas de escutas que possibilitaram mais de 270 agentes federais e delegados de diversas cidades do país deflagrar a operação que resultou nas prisões de sete integrantes de uma mesma família de empresários, mais 34, distribuídos entre atuais vereadores, secretários e servidores municipais da atual administração, um casal de Ponta Porã ligado ao prefeito daquela cidade, e um vereador de Naviraí, acusadas de fazerem parte de uma organização criminosa que teria desviado, em dois anos, mais de R$ 20 milhões em seis cidades de MS e do Paraná, também estão dia a dia sendo reproduzidos em sites e em jornais impressos de todo o Estado.

Independente do fato, a realidade é que as cópias das conversações entre os acusados presos na operação ganharam as ruas e desde então vêm causando um grande frisson entre as pessoas que tiveram ou estão tendo acessos a elas, principalmente pelos teores das conversações entre eles, em especial, dos integrantes da família de empresários com os agentes políticos envolvidos no episódio.

Ponto Final

Por outro lado, vale ressaltar que 12 dos presos ocupam cargos políticos. Eles e os demais envolvidos que tiveram prisões temporárias decretadas que foram presos na operação, cerca de 40 horas depois foram libertados depois que o TJ/MS (Tribunal de Justiça do Estado) conceder o habeas corpus.

Dos detidos, no total 38 foram beneficiados pelo habeas corpus coletivo que partiu de um pedido feito pela defesa de um dos vereadores de Dourados, que também foi preso na operação, entretanto, a família de empresários e um funcionário deles que tiveram prisões preventivas decretadas, ficaram uma semana presos na penitenciária Harry Amorim Costa, mais foram também soltos por força de um habeas corpus.

Para a juíza Dileta Terezinha Thomaz, o grupo estaria causando fraudes em licitação "para um fim único de cometer ilícitos", por meio de "empresas supostamente laranjas", com titulares laranjas.

A juíza na oportunidade disse à imprensa que toda a ação do grupo liderado supostamente pela família de empresários seria uma coisa que desesperava a população, que tinha no Poder Judiciário a sua última e suprema garantia de que os envolvidos seriam investigados e presos. "As pessoas confiam na Justiça e eu estou confiante que nós faremos tudo, trabalharemos em busca da verdade real", alfinetou a juíza.

Gravações

Para chegar até aos envolvidos no suposto esquema, a PF (Polícia Federal) com autorização da Justiça realizou inúmeras escutas telefônicas, das quais a maioria delas comprometem grande parte dos acusados que foram presos na operação de língua japonesa, denominada de "Owari"; que quer dizer "ponto final" em português. Até a próxima sexta-feira, o delegado de Polícia Federal de Dourados e responsável pelas investigações, Paulo César Galloni deverá concluir o inquérito e encaminhá-lo para a Justiça.(Fonte: Dourados Agora)
 

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