Após as operações Owari (fim da linha) e Brothers, a PF (Polícia Federal) indicia 73 pessoas por, segundo a instituição, fraudes em licitações públicas, formação de quadrilha e corrupção de funcionários públicos. As atividades foram deflagradas nas regiões de Dourados (sul do Estado) e Ponta Porã (fronteira com o Paraguai). O caso está sob investigação da CGU (Controladoria Geral da União).
Pela operação Owari, 60 pessoas foram indiciadas. As demais foram pela Brothers. O responsável pelos inquéritos é o delegado da PF Bráulio Galloni. A conclusão dos inquéritos foi nesta quinta-feira, 30 de julho. Quem seria o chefe da suposta organização criminosa é o empresário Sizuo Uemura, dono de funerárias e de um hospital em Dourados. Ele foi detido após a Owari, Uemura é acusado de comandar um grande esquema de corrupção e fraude nas licitações em Dourados, que fez vários nomes de confiança do prefeito Ari Artuzi (PDT) serem detidos e retirados dos cargos.
A operação seguinte, Brothers (irmãos) foi desencadeada para desbaratar suposto esquema montado pelos irmãos Everaldo e Eduarte Dias Leite, proprietários de empresas que exploram os serviços de limpeza pública (que inclui coleta do lixo de órgãos públicos) da Prefeitura de Dourados. Segundo inquéritos, existem constatações sobre a ligação entre os Dias Leite e os Uemura. Os inquéritos serão encaminhados ao MPE (Ministério público do Estado). A instituição decide se indicia os apontados ou se ainda precisa de mais informações.