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Polícia Quinta-feira, 24 de Setembro de 2009, 07:02 - A | A

Quinta-feira, 24 de Setembro de 2009, 07h:02 - A | A

TJ-MS marca exame sobre sanidade mental do ex-procurador Carlos Zeolla, assassino confesso

Marcelo Eduardo - Capital News

O TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) marca a primeira perícia médica para decidir a sanidade metal do ex-procurador de Justiça Carlos Zeolla. A data é 29 de setembro, terça-feira que vem,. Ele permanece internado na clínica Carandá, em área nobre da Capital. Assassino confesso do sobrinho, Cláudio Zeolla, 44, o ex-membro do MPE (Ministério Público do Estado) ganhou direito a aposentadoria, após a junta médica indicada pela instituição apontar que ele sofre de uma “patologia mental grave”, segundo um de seus advogados, André Borges.

A equipe de defesa, comandada por Ricardo Trad, que solicitou o exame. O neurologista Renato Ferraz e o psiquiatra Afonso Domingues seriam os profissionais que acompanhariam os peritos.

Caso sua sanidade mental seja comprovada, Zeolla deve responder pelo assassinato. Já se for declarado portador de patologia, será considerado inimputável, ou seja, não poderá ser julgado. A pena ainda pode ser reduzida, caso seja dito que ele é semiinimputável.

Zeolla permanece internado na clínica particular, que visa recuperar pacientes psiquiátricos de. Lá deve ficar até a data de seu julgamento. Algo que, seu advogado criminal, Ricardo Trad, já afirmara em entrevistas anteriores, pode durar até três anos. Sua internação é custeada por convênio com a Unimed e custa cerca de R$ 6 mil mensais, é bancada por determinação judicial. Segundo seu advogado André Borges, que cuida das questões administrativas, com a declaração da junta do MPE dizendo que Zeolla é incapaz, ele receberá aposentadoria por invalidez. Seu salário era de cerca de R$ 16 mil, de acordo com o advogado. “Deve ser isso a receber. Mas, o valor ainda depende de cálculos a serem feitos pelo MPE”, explicara Borges ao Capital News, via telefone. Todavia, o vencimento de um procurador em Mato Grosso do Sul poderia passar dos R$ 22 mil.

Zeolla ainda ficou detido na sede do Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos a bancos, Assaltos e Sequestros) por uma semana e fora encaminhado à clínica de recuperação após um suposto surto nervosos.

O ex-procurador confessou que matou o sobrinho Claúdio Zeolla, 22, com um tiro na cabeça disparado a queima roupa enquanto ele ia para a academia, localizada na rua Bahia, logo no começo da manhã do dia 3 de março. O motivo alegado pelo ex-promotor seria uma suposta agressão do sobrinho ao avô (pai de Carlos Zeolla) no dia anterior ao crime.

Tudo parece, segundo a Polícia, que poderia ter sido premeditado. Zeolla teria ficado algumas horas caminhando no Horto Florestal para arranjar um álibi. Ele estava com o motorista, um adolescente de 16 anos. Este adolescente confessou que Zeolla foi a procura do sobrinho e que jogara a arma usada no crime no rio Guariroba, na saída para Três Lagoas. A Polícia foi ao local e encontrou o revólver, que seria o utilizado no assassinato, às margens do rio.

Por: Marcelo Eduardo - (www.capitalnews.com.br)

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