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Saúde Quarta-feira, 27 de Janeiro de 2010, 12:54 - A | A

Quarta-feira, 27 de Janeiro de 2010, 12h:54 - A | A

Administradores das UPAs terão contato direto com chefes de batalhões da PM; mas nada de efetivo maior

Jefferson Gonçalves e Marcelo Eduardo - Capital News

Os coordenadores das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Capital terão um canal direto de comunicação com os chefes dos Batalhões da Polícia Militar. Foi essa a decisão tomada após a reunião na manhã de hoje (27) entre o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), o secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), e o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública Wantuir Brasil Jacini e representantes das Polícias Civil, Militar e Comunitária. Ao contrário do esperado pela Prefeitura, não haverá a instalação de efetivo de policiais nas unidades de atendimento, mesmo que as unidades tenham guaritas para seguranças.

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Foto: Deurico/Capital News

De acordo com o secretário de Estado, o canal direto possibilitará o acionamento imediato do batalhão para qualquer que seja a ocorrência. Sobre a determinação do Ministério da Saúde, que ordena a presença de policiais em unidades de saúde deste tipo – apresentada como principal argumento pelo prefeito ao solicitar apoio policiail –, Jacini informou não ter conhecimento e rebateu afirmando que não adianta passar a “missão” sem os meios. “Estou tomando conhecimento agora. Mas eu estou recebendo a missão sem os meios. O Ministério [Saúde] não pode me passar algo em que o governo federal não tenha repassado recursos. A Prefeitura também não enviou a Sejusp um ofício sobre a segurança no local”, disse o secretário, afirmando que no momento o sistema de canal direto é modo mais viável para tratar a questão da segurança nas UPAs.

“Através de reuniões estamos começando a assinar esse relacionamento com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Dei diretrizes para o comandante-geral da Polícia Militar e gostaria que a partir da semana que vem á esteja em funcionamento”, afirmou o secretário.

Já o prefeito Nelsinho Trad saiu às pressas do gabinete da Sejusp e não falou com a imprensa.

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Foto: Deurico/Capital News

Contratações da área

Já o secretário municipal de Saúde pediu para que a polícia faça rondas pelo local nos horários de pico, independente das “sinalizações feitas pelos administradores das UPAs”.

Segundo Mandetta, os horários de pico são os períodos de troca de plantão das equipes de enfermagem e de médicos, realizadas entre das 18h às 19h e das 19h às 20h, respectivamente.

“Em épocas normalizadas, as trocas às vezes são feitas em cinco minutos. Mas, neste período em que estamos passando, chega a durar até 40 minutos. A UPA da Vila Almeida está com 20 leitos tomados. Uma coisa é a enfermeira passar o plantão explicando para a próxima plantonista sobre 5 pacientes, outra, é passar explicando as condições de 20”, ponderou Mandetta.

Ele enfatizou ainda o período pelo qual passa a administração da secretaria. “É complicado porque temos vários médicos terminando residência, outros trabalhando pelo Exército e principalmente no período de férias. Todo funcionário tem direito a 30 dias de férias. Só que a Prefeitura diz para ele quando ele vai tirar 15 dias de férias. Os outros 15, ele pode escolher. Acontece que a maioria escolheu tirar férias no final do ano passado e começo deste”, afirmou.

Sobre as contratações, Nelsinho havia dito antes do começo da reunião que não havia como se não existisse segurança. Ele saiu as pressas da reunião e não quis falar com a imprensa. Indagado por nossa reportagem se após o resultado do econtro conseguiria dizer se poderia chamar novos profissionais de saúde, foi enfático, mas impreciso: "Se houver segurança, aí tranquilo. Pergunte para o secretário [de Justiça]."

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Foto: Deurico/Capital News


Por: Jefferson Gonçalves e Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)

 

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