Na manhã desta quinta-feira (20), o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Jerson Domingos (PMDB), comentou durante a abertura do X Seminário de Vereadores sobre a possibilidade de assumir o Governo do Estado, caso o governador André Puccinelli e a vice Simone Tebet, ambos do PMDB, renunciem ao cargo.
De acordo com o parlamentar, “se isso vier acontecer o meu compromisso será com Mato Grosso do Sul e com o meu partido em dar continuidade à administração do André”. Mas “na minha avaliação, neste momento é uma coisa descartada porque eu não vivo de previsões. Estou deputado, estou presidente da Assembleia Legislativa e cumprindo as minhas obrigações aqui no Poder Legislativo”, declarou.
Já o deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB), ao comentar sobre caso, lembrou que o presidente da Casa de Leis também deve se aposentar em novembro e já teria manifestado o interesse publicamente em ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Dentro desta configuração, o Estado poderia ter um novo governador interino.
“Oficialmente a aposentadoria dele acontece em novembro, mas nada o impede de sair antes, não estou dizendo que vai. Mas estou dizendo que nada o impede dele ou outro conselheiro sair antes”, explicou Rocha.
Conforme o deputado, neste caso especiífico, seria convocado uma nova eleição para escolher outra mesa diretora e o novo presidente assumiria o governo. “Acho difícil que o Jerson fique no governo. Mas o problema é dele [André Puccinelli] que ainda está em dúvida”.
Sobre a possibilidade de renunciar o cargo, a vice-governadora Simone Tebet declarou que isso só depende do governador. “A gente tem que esperar o governador decidir se ele sairá ou não candidato ao Senado. E esta resposta só deve vir na semana que vem”.
Nelsinho
Jerson Domingos ainda reafirmou a imprensa que vai apoiar a candidatura do senador Delcídio do Amaral (PT) ao governo do Estado, contrariando a escolha do partido que aposta no ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho.
“Eu não volto atrás do que disse, sobre o meu voto e da minha preferência ao senador Delcídio [do Amaral]”, revelou. E continuou, “eu não voto no Nelsinho! Mesmo se for o caso de eu assumir o governo e tiver que voltar atrás de uma palavra que eu dei há dois anos. Eu não tenho esse comportamento e não voto nele por convicção”.
Tanto o senador Delcídio do Amaral como o ex-prefeito Nelson são pré-candidatos ao governo do Estado. O governador tem até o próximo dia 31 deste mês para definir se irá candidatar-se ao Senado ou se permanece até o fim do mandato à frente da administração estadual.