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Cotidiano Sexta-feira, 08 de Agosto de 2014, 09:45 - A | A

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Inaugurado 9° Festival de Sobá de Campo Grande

Danilo Nery - especial para (www.capitalnews.com.br)

“Há 100 anos nós recebemos os nossos irmãos do Japão, chegaram para construir história e uma série de contribuições para a nossa cultura e hoje estamos aqui em mais uma edição dessa festa que é muito especial. Esse ano, a festa é ainda mais especial com a comemoração do centenário da imigração japonesa. Podemos dizer que a história de Campo Grande se funde com a história dos japoneses e com a bravura, persistência e trabalho e determinação deles”, disse o prefeito Gilmar Olarte durante a abertura do 9º Festival do Sobá. A solenidade que aconteceu na quinta-feira (07.08) foi aberta pelo prefeito em conjunto com o governador do Estado, André Puccinelli, a presidente da Associação da Feira Central e Turística de Campo Grande (Afecetur), Alvira Appel Soares de Melo e representantes das Associações Okinawa e Nipo-Brasileira.

O 9º edição do Festival de Sobá acontece até o dia 17 de agosto com músicas, danças, cozinha show e apresentações com artistas regionais e nacionais. Durante os próximos 9 dias, a Festa contará ainda com exposições, teatros, palestras e a final do concurso musical para escolher a música oficial do evento. A maior atração musical do evento ficou por conta da dupla sertaneja Chrystian e Ralf que abriu o Festival. “É uma festa para a família, momento de confraternização”, destacou o prefeito.

Vestidos com o kimono, traje símbolo da tradição japonesa, o governador, André Puccinelli e Gilmar Olarte encerraram a cerimônia de abertura oficial do Festival com o tradicional ritual do barril de saquê quebrado, saquê que depois foi distribuído por eles aos presentes. A tradição de quebrar o barril significa, na cultura japonesa, desejar fraternidade e prosperidade. Ao desejar sucesso aos feirantes, Alvira Appel reforçou a força dos japoneses e a importância deles para Campo Grande, lembrando que o sobá – prato típico da culinária japonesa da Província de Okinawa - tornou-se patrimônio imaterial.

O governador André Puccinelli e o prefeito Gilmar Olarte visitaram a Feira e aproveitaram a ocasião para conversar com os feirantes e visitantes que ali aproveitavam o Festival com suas famílias. “Lembro da dificuldade que foi a mudança para esse local. Mas hoje esse é um patrimônio de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul”, salientou Puccinelli, referindo-se ao espaço da Feira Central.
O prefeito visitou ainda o espaço de exposição no Armazém Cultural do Centenário da Ferrovia e da Imigração Japonesa com a mostra de Ikebana, bonsais e fotografias que marcam a imigração dos japonesas para o Brasil e a história da Ferrovia em Campo Grande. Após a visita, o prefeito foi ao camarim onde foi recepcionado pela dupla serteneja Chrystian e Ralf.

Festival
Coordenado pela Afecetur, o 9º Festival do Sobá recebe apoio da e Fundac (Fundação Municipal de Cultura), Superintendência de Turismo da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio) e de empresas locais. A festa integra o calendário oficial das festividades de aniversário de 115 anos de Campo Grande.

A empresária Glauce Xavier e o marido vieram de Rondônia há três anos para morar em Campo Grande e não abrem mão de ir à Feira nos momentos de lazer. “Gostamos muito do sobá, do espetinho e sempre aproveitamos o Festival com os amigos”, disse. A dona de Casa Cristina da Silva fez questão de prestigiar a abertura do evento. “Gosto das danças típicas, é muito bonito de se ver”, completou.

O sobá é um prato típico da gastronomia campo-grandense, que tornou-se patrimônio cultural imaterial de Campo Grande, adaptado da culinária oriental pelos imigrantes vindos, em 1908, da província de Okinawa, arquipélago de influência chinesa, na região sul do Japão. Nessa cidade, tradicionalmente, à véspera do ano novo, as famílias se reuniam para degustar esse tradicional prato feito de macarrão de trigo sarraceno, o toshikoshi-soba.

Campo Grande, é a terceira cidade do Brasil com maior número de descendentes japoneses. Estes se fixaram na região rural do município, à época, sul de Mato Grosso, onde passaram a praticar a agricultura e a negociar seus produtos nas feiras.

A solenidade de abertura do Festival contou com a presença de secretários municipais, representantes das Associações Okinawa e Nipo-Brasileira e autoridades.
 

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