Lideranças das duas maiores entidades sindicais do país, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical, consideram à greve geral de várias categorias na última sexta-feira (28) uma ação exitosa.
Rodovias foram bloqueadas, trabalhadores pararam por algumas horas e diversos serviços, como o transporte público, deixaram de ser prestados por algumas. As manifestações atenderam ao pedido das Centrais Sindicais e atividades foram registrados em todos os estados brasileiros.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a paralisação pode ter sido “a maior greve já realizada no país”. Freitas destacou a adesão aos protestos em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba e Brasília, onde as maiores manifestações foram realizadas.
Para o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), os trabalhadores decidiriam se mobilizar porque há “propostas viáveis para que o país retome o seu crescimento econômico sem a perda de quaisquer direitos trabalhistas, previdenciários e sociais”. Em comunicado divulgado no fim da tarde, a Força estima que 40 milhões de trabalhadores pararam nesta sexta-feira em todo país.
Paulinho da Força, no entanto, reconheceu que a não adesão de categorias como aeronautas (pilotos e comissários) e aeroviários (trabalhadores dos aeroportos) reduziu o impacto da paralisação.
Em Mato Grosso do Sul, a maior ação registrada aconteceu em Campo Grande. Trabalhadores do interior organizaram caravanas para poderem participar da manifestação na Capital. Só de Aquidauana, cidade na região oeste do estado, um grupo de 130 pessoas se reuniu para protestar em Campo Grande.
Todas as ações da última sexta-feira foram realizadas em protesto a duas propostas de reforma do Governo Federal, trabalhista e previdenciária. A primeira delas foi aprovada pela Câmara dos Deputadas esta semana e agora o texto segue para votação no Senado.
- Saiba mais
- Bancos aderem a paralisação desta sexta-feira em Dourados
- Greve interrompe serviços e trabalhadores protestam contra reformas
- Protesto contra reforma promete parar escolas, ônibus e bancos em MS
- Transporte coletivo opera normalmente e professores aderem greve em Corumbá
- Vereadores mostram indignação e protestam contra reformas em Campo Grande
- Trabalhadores da construção civil irão aderir à greve nacional
- Força Tática e seguranças evitam fechamento de “banco” cooperativa em Dourados
- Com início de greve, Agetran prepara interdições em trechos de Campo Grande
- Após adesão da Polícia Civil, greve suspende atendimento ao público em delegacias
- Sindicalistas fazem manifesto em praça central de Três Lagoas
- Câmara dos Deputados deve votar reforma trabalhista nesta quarta-feira
- Comerciantes reclamam que protesto atrapalha as vendas no centro
- Ônibus, bancos e escolas participam de greve nacional
- Ônibus voltam a circular e serviço deve ser normalizado ao longo do dia
- Ônibus não saem da garagem e usuários enfrentam dificuldades durante greve
- Rodovias do Estado são liberadas após protestos
- Agetran irá liberar faixas exclusivas durante greve de ônibus
- Rodovias de Mato Grosso do Sul são bloqueadas por manifestantes