Campo Grande começou o dia com o trânsito parado, fogos e muita vontade de mudar o país. Brasileiros foram às ruas contra a reforma trabalhista e previdenciária. A greve acontece nesta sexta-feira (28), no Centro da Capital com estimativa de reunir aproximadamente 10 mil pessoas.
Ruas foram fechadas, causando tumulto no trânsito. O encontro aconteceu entre as ruas 15 de Novembro, 14 de Julho cruzando a Afonso Pena. Dois caminhões de som estavam no local, políticos e sindicalistas se manifestaram e a população pedia para retirar o presidente Michel Temer do poder.
Trabalhadores do interior de Mato Grosso do Sul realizaram caravana e seguiram rumo a Campo Grande para participar da paralisação. Um grupo, de aproximadamente 130 pessoas, saiu de Aquidauana para protestar nas ruas Capital.
“Estamos contra a reforma da previdência do jeito que ela está colocada e queremos pressionar os deputados para que não vote esta reforma. Isso vai acabar com nossa aposentadoria, vai ferrar todo o mundo. Não existe quem está de fora. A mudança pega nós que somos funcionários públicos e pega o trabalhador comum que vive de benefício. Essa reforma veio para destruir a questão da aposentadoria e também o pobre do modo geral”, comenta participante da direção do Sindicato Municipal dos Trabalhadores de Educação de Aquidauana, Francisco Tavares da Câmara.
Os atos estão sendo concentrados em todas as capitais do Brasil. Trabalhadores dos bancos pararam os serviços e para mostrar nas ruas a opinião sobre as mudanças no país. “Estamos contra essas mudanças da previdência e contra as mudanças da lei trabalhista. Queremos mostrar nossa insatisfação com as medidas que estão sendo tomadas por esse governo. Se ficarmos quietos em casa, seremos passivos a tudo que está sendo feito. Nossa presença na rua demonstra nossa completa insatisfação”, afirma o participante do Sindicato dos Bancários, Rogério Silva do Carmo .
Funcionários da Prefeitura de Campo Grande bateram panelas pelas ruas e espalharam cartazes com a frase “Fora Temer”. “Não queremos que sejam retirados os direitos da população, aqui a gente representa Campo Grande. É uma união de vários sindicatos, várias pessoas. Na época de Getúlio Vargas a gente alcançou direitos porque fomos unidos, então se o povo for reunido hoje ele vai alcançar o direito máximo”, afirma o representante dos funcionários contratados da prefeitura, Bruno Roberto dos Santos Júnior.
"Estamos lutando por nossos direitos, por uma causa justa. Nosso objetivo é lutar contra as reformas e as mudanças que estamos enfrentando. Quando o brasileiro se une pelos direitos, pode conseguir um resultado. Devemos mostrar que o povo deve participar nas decisões, principalmente quando prejudica o trabalhador", afirma a participante do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores da Administração do Estado de Mato Grosso do Sul, Ceres Gonçalves Pereira Zambon.
A greve segue durante o dia em Campo Grande. Escolas estão sem aulas e o transporte coletivo voltou a oferecer serviços. Os Correios continuarão em greve por tempo indeterminado. O sindicato das agências lotéricas afirmou que os estabelecimentos vão funcionar normalmente.
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