Importante meio para entrar de vez na carreira médica, exame avalia áreas abrangentes da ciência, além da análise de histórico escolar
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Exame de âmbito nacional que visa selecionar estudantes de medicina e graduados para a realização de residências nas mais diversas instituições e especialidades, o ENARE é realizado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, a EBSERH, órgão vinculado ao MEC. O Exame Nacional de Residência é realizado desde 2020, e torna o processo de avaliação de profissionais muito mais democrático e centralizado.
Vantagens de fazer o ENARE
A prova, realizada em data única e em diversas capitais, é padronizada, e 90% da nota final da avaliação vem do resultado obtido. Os 10% restantes correspondem a uma análise curricular, em um segundo momento. A vantagem da data única é o fato de o candidato não precisar optar por uma ou outra prova de determinada instituição. Com somente uma prova, pode concorrer entre várias, o que significa muito mais vagas e oportunidades.
Antes, as próprias instituições de saúde e universidades aplicavam suas próprias avaliações na busca por preencher vagas de residência, algo custoso e complicado. Hoje, a prova e pontuação do ENARE segue um sistema muito parecido com o do ENEM, em que os pretendentes mais bem pontuados podem selecionar as melhores vagas.
Requisitos para inscrição no exame
A última edição contou com mais de 4 mil vagas ofertadas. Os interessados devem procurar o site oficial do programa e fazer a inscrição, totalmente online. Podem participar médicos já formados ou estudantes do último semestre de medicina. Após pagamento da taxa de inscrição, o candidato estará apto a prestar a prova, cuja aplicação segue um cronograma oficial.
As particularidades da prova objetiva
A prova é composta por 100 questões de múltipla escolha, no caso da prova de acesso direto. O teor das questões varia entre Clínica Médica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia Geral, Medicina Preventiva e Medicina de Família e Comunidade, por exemplo. Na última edição, houve ainda o acréscimo de Cardiologia R+, Medicina Esportiva e Reumatologia Pediátrica.
Outras matérias foram removidas, casos de Anatomia Patológica e Cirurgia Torácica R3 – Endoscopia Respiratória, por exemplo. Em todos os casos, o conhecimento do edital é fundamental para começar um planejamento sobre o que estudar. Conhecer os requisitos torna mais fácil a preparação com antecedência do candidato.
Dicas para fazer uma boa avaliação
Uma boa dica é iniciar os estudos pelas áreas que mais tem dificuldade. Organizar um cronograma semanal de estudos abordando os temas mais complexos permite que sobre tempo ao final para reforçar as demais matérias. Fazer exercícios e responder questões são ótimas maneiras de reforçar conteúdos.
Para tanto, fazer simulados ou mesmo refazer provas antigas do próprio ENARE ajudam na preparação, ainda que a banca do exame tenha mudado: a prova agora é realizada pela Fundação Getúlio Vargas, a FGV. Plataformas de ensino, aplicativos de questões e aulas online são recursos tecnológicos igualmente valiosos para quem busca uma boa preparação.
Uma vez que o candidato atinja 50 pontos, estará apto para a etapa de análise curricular. Aqui, é levado em conta o histórico escolar da graduação de medicina, além de vivências no SUS, participação em programas ou projetos de extensão na área da saúde, publicação de artigos científicos, entre outros.
Com organização e afinco nos estudos, é possível dar um pontapé inicial na carreira médica. O ENARE cumpre esse papel importante, mas demanda um bom conhecimento do edital e domínio dos temas pedidos. Todas as matérias têm o mesmo peso e caem na mesma proporção na prova, portanto, é preciso que nada passe batido nos estudos.
