Participação das mulheres no setor de TI está cada vez maior no Brasil, mas elas ainda são minoria no mercado de trabalho
Ainda que o mercado de trabalho esteja muito mais diversificado nos dias de hoje, o desbalanceamento continua grande, e muitos setores são predominantemente masculinos. Este é o caso da área da tecnologia, onde estima-se que 80% de todos os profissionais sejam homens, mas tudo indica que esse número pode diminuir em breve.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em 2019, a presença feminina no setor de TI subiu de 27,9 mil para 44,5 mil – um aumento de 60% nos últimos cinco anos. Mesmo representando apenas 20% dos profissionais da área, este é um número muito significativo, que mostra que mais mulheres estão se interessando e buscando qualificação voltada para a tecnologia.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que apenas 35% dos estudantes matriculados em cursos de TI no ensino superior são mulheres. A área de exatas como um todo sempre foi dominada pelo gênero masculino, e as mulheres que resolvem seguir carreira na área ainda enfrentam muitos desafios. Um deles é a perspectiva de crescimento profissional e a promoção para cargos de liderança.
Aos poucos, as mulheres estão sendo mais inseridas nessas oportunidades que outrora eram exclusivas de homens, e hoje já podemos ver muitas em cargos de chefia. Um levantamento intitulado “Mulheres nos Negócios”, realizado pela organização global de auditoria e consultoria Grant Thornton, aponta que 29% das funções de liderança do mundo inteiro são ocupadas pelo gênero feminino. Esta é uma marca histórica e a maior que o mundo já teve até hoje, mas continua sendo um número baixo, levando em consideração que os homens ainda são a maioria esmagadora.
Muitas empresas ainda não distribuem oportunidades iguais para ambos os gêneros, e isso pode ser um fator bem desmotivante para aquelas que buscam se especializar em tecnologia. Oferecer planos de carreira e perspectiva de crescimento é essencial para que todos se sintam motivados a dar o seu melhor no mercado de trabalho e sempre buscar evoluir.
Para as mulheres que têm interesse em embarcar na área, o primeiro passo é buscar uma especialização adequada, através de um curso de ensino superior. Hoje em dia, a variedade de instituições que oferecem graduações do gênero é alta, e quem chegou a fazer a prova do ENEM nos últimos anos pode conseguir bolsas em universidades particulares. Aqueles que enfrentarem dúvidas sobre notas de corte ou com o cálculo de sua média no exame podem consultar a calculadora ENEM para checar um número aproximado, usando as notas de cada matéria como base.