Um novo documentário sobre Francisca da Silva de Oliveira, a Chica da Silva, escrava que virou importante dama da sociedade de Arraial do Tijuco, atual cidade mineira de Diamantina, foi lançado ontem pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A nova produção traça um perfil menos folclórico e mais realista sobre a mulher que em 1976 virou filme de Cacá Diegues e novela da TV Manchete na década de 1990.
Intitulado “Chica da Silva. – A Descoberta do Testamento”, o documentário se baseia em documentos históricos que apresentam um perfil ainda pouco conhecido de Chica da Silva, abordando suas origens como escravizada, no século XVIII, até a ascensão social, a partir da verdadeira história de amor com o contratador de diamantes, João Fernandes de Oliveira, considerado um dos homens mais ricos e poderosos do império português naquele período.
É o caso da carta de alforria, que chegou à Memória do Judiciário Mineiro (Mejud) em 1999, que foi localizada pela biógrafa de Chica da Silva, a historiadora Júnia Furtado, na Comarca do Serro. Outro importante documento usado no filme é o testamento deixado pela personagem, que nunca foi apresentado publicamente já que precisa passar por uma restauração por estar em condição de extrema fragilidade.
“Além dos documentos históricos, como a carta de alforria e o próprio testamento, alguns depoimentos – inclusive de descendentes – ajudam a desmistificar acontecimentos, características e traços de personalidade atribuídos a ela ainda que não condizentes com sua trajetória”, disse ao jornal O Tempo (MG), coordenador de rádio, TV e núcleo de produção audiovisual do TJMG, Eudes Júnior. Veja o vídeo lançado pelo tribunal.
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