O suplente da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e presidente do PL de Mato Grosso do Sul, Aparecido Andrade Portela (Tenente Portela) é citado no inquérito da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado, que segundo a PF foi liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro após perder as eleições presidenciais quando tentava se reeleger. A PF cita várias conversas de Portela com o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, falando sobre o golpe e as manifestações de 8 janeiro.
“Os elementos de prova indicam que PORTELA atuou como um intermediário entre o governo do presidente JAIR BOLSONARO e financiadores das manifestações antidemocráticas residentes no estado do Mato Grosso do Sul. No final do ano, PORTELA era um frequentador assíduo do Palácio da Alvorada, visitando o então presidente da República constantemente”, diz a PF em relatório que teve o sigilo quebrado na terça-feira pelo ministro do Supremo, Alexandre de Moraes.
Em uma das conversas, Portela questiona Cid sobre o "churrasco", codinome usado para se referir ao golpe de Estado. “O pessoal que colaborou com a carne está me cobrando se vai ser feito mesmo o churrasco”, disse Portela. “Pois estão colocando em dúvida a minha solicitação”, complementou. Cid respondeu: “Vai sim, ponto de honra, nada está acabado ainda nesta parte”.
Naquela época, Cid era cobrado pelos organizadores do acampamento montado em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO) em Campo Grande, empresários e proprietários rurais, que questionavam quando seria deflagrado o golpe. A PF lembra que Aparecido Portela é amigo próximo de Bolsonaro desde quando serviram ao Exército juntos em Nioaque (MS). (Com Correio do Estado e CGNews)
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