Quando nasce um filho, também nasce uma mãe
O mês de março é e sempre será um dos meus momentos mais lindos do ano. Momento de reflexão intensa por tudo o que já vivi e tudo o que ainda posso fazer. Mas, principalmente, sobre a minha caminhada até a mulher que eu sou hoje. A maternidade foi meu divisor de águas e veio justamente quando as águas de março encerram o verão, trazendo promessa de vida ao meu coração, parafraseando o poeta.
Gabriel, meu anjo Gabriel!
A borboleta começando a sair do casulo e tantos outros clichês me representam neste momento. O desabrochar da vida, o adeus a menina rebelde que, por vezes, ainda teima em brilhar em mim. Ser mãe me fez ver muitas coisas, mas acima de tudo, me fez reconhecer minha capacidade, minha alegria e minha fé em Deus.
Parece que foi ontem né, mas já se passaram vinte anos! Duas décadas, 7.300 dias completos no dia 12 de março. Ainda sinto o cheiro, lembro da insegurança, do medo, de tantos por quês brotando em mim, mas lembro principalmente, de como me sentia feliz a cada movimento que ele fazia, primeiro dentro de mim, depois fora.
E ao longo de todos esses anos, a maternidade continua me moldando, mudando meus rumos, intensificando minhas orações. Não, não há amor maior e desejo mais intenso pelo bem de alguém do que o sentimento de uma mãe com o filho. Gabriel vem crescendo em graça e sabedoria, se tornou um homem lindo, responsável, bem humorado, inteligente e todos os adjetivos que esta mãe tiver para ele serão poucos.
Ele vai completar vinte anos, eu festejo os meus vinte anos de maternidade e amor incondicional por alguém. Março, meu março, minhas águas de março.